Sábado – Pense por si

"Marcha pela Liberdade". Ministros regionais juntam-se a independentistas catalães

O presidente da Generalitat, Quim Torra, juntou-se à coluna de Girona, depois de ter participado numa reunião com o ministro do Interior, Miquel Buch, para analisarem os incidentes de violência das manifestações de terça-feira. Mas não rejeitou veementemente a violência.

Dezenas de milhares de manifestantes de várias cidades catalãs, a que se juntam o presidente e vários membros do governo regional daCatalunha, participaram, esta quarta-feira, em cinco colunas de Marcha pela Liberdade, em direção aBarcelona.

Segundo os cálculos das autoridades, só em Girona eram mais de 10 mil os manifestantes que partiram numa de cinco colunas da Marcha pela Liberdade, convocada pela Assembleia Nacional de Catalunha, para protestar contra a condenação de 12 dirigentes políticos catalães.

As marchas que partiram de Girona, Vic (Barcelona), Berga (Barcelona), Tàrrega (Leda) e Tarragona causaram cortes intermitentes em importantes estradas da Catalunha, como a AP7 e a A2.

O presidente da Generalitat, Quim Torra, juntou-se à coluna de Girona, depois de ter participado numa reunião com o ministro do Interior, Miquel Buch, para analisarem os incidentes de violência das manifestações de terça-feira, no centro de Barcelona.

Dirigentes políticos de vários quadrantes têm criticado as cenas de violência, atribuindo-as a grupos minoritários de jovens que se estão a infiltrar nas manifestações legais e pacíficas, e durante a Marcha pela Liberdade aproveitaram para se demarcar desses incidentes, apelando ao civismo nos protestos. Torra não condenou explicitamente os incidentes, mas foi dizendo que "a violência não o representa", numa mensagem deixada nas redes sociais. Durante a caminhada, aos jornalistas, foi mais esquivo: "Estas marchas demonstram o melhor do povo catalão. Que sejam um êxito".

Teresa Jordá, ministra da Agricultura, que saiu de Vic, juntou-se a Alba Vergés, ministra da Saúde, que participou na coluna de Tàrrega, ambas vestidas com um colete amarelo e sapatos também com atacadores amarelos.

Na coluna que partiu de Girona, alguns familiares de dirigentes esta semana condenados pela justiça, por se envolverem na tentativa de independência da Catalunha, incluindo as irmãs do ex-presidente Carles Puigdemont, Anna e Montes, caminham de braço dado com apoiantes da sua causa, como a presidente da Assembleia Nacional da Catalunha, Elisenda Paluzié.

Os media espanhóis estão a dar destaque a uma jovem, Neus Benítez, que sofre de esclerose múltipla, com apenas 10% de visão, que integrou a coluna da Marcha pela Liberdade de Girona, para percorrer 725 quilómetros a pé até Tarragona (de um lado ao outro da Catalunha), aproveitando para chamar a atenção e angariar fundos para combater a sua doença.

O Tribunal Supremo espanhol condenou na segunda-feira os principais dirigentes políticos envolvidos na tentativa de independência da Catalunha a penas que vão até um máximo de 13 anos de prisão, no caso do ex-vice-presidente do governo catalão.

Assim que foi conhecida a sentença, grupos de independentistas iniciaram movimentos de protesto em todo o território da comunidade autónoma espanhola mais rica.

Barcelona tornou-se, na noite de terça-feira, cenário de uma batalha campal entre polícias e manifestantes, que construíram barricadas, queimaram mobiliário urbano e pneus, fizeram fogueiras e atiraram pedras e petardos contra os polícias.

O que podemos esperar da Índia?

A Índia poderia estar mais próxima dos EUA, desde que Washington assumiu a travagem da ascensão da China como prioritária. Mas as tarifas de Trump fizeram afastar Modi da rota ocidental e a preferir o lado da "nova ordem autocrática", vinda de Leste e liderada por Pequim. Xi agradece, Putin sorri. Trump, possivelmente, nem percebeu. Podia (devia) ter seguido a lição de Biden