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Mais de 900 crianças-soldado já foram libertadas no Sudão do Sul este ano

09 de agosto de 2018 às 22:45
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O representante da Unicef no país, Mahimbo Mdoe, refere que "o trabalho para acabar com o recrutamento e uso de crianças tem de continuar".

Mais de 100 crianças foram libertadas esta semana por grupos armados no Sudão do Sul, elevando para mais de 900 o total de crianças-soldado que conseguiram liberdade este ano, segundo a Unicef.

O representante do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) no país, Mahimbo Mdoe, disse que "o progresso feito este ano dá esperança de que, um dia, todas as 19 mil crianças que ainda servem nos grupos armados e forças armadas possam ser devolvidos às suas famílias".

Citado pela ONU News, Mdoe considerou que "até esse objetivo ser atingido, o trabalho para acabar com o recrutamento e uso de crianças tem de continuar".

O grupo libertado esta semana incluía 90 meninos e 38 meninas. As crianças estavam associadas ao Movimento Nacional de Libertação do Sudão do Sul, que em 2016 assinou um acordo de paz com o Governo.

A Unicef organizou ainda uma cerimónia na cidade de Yambio, no sul do país, para marcar o momento, onde as crianças entregaram as suas armas e receberam novas roupas. Todas vão fazer exames médicos e receber apoio psicossocial, como parte de um plano de reintegração.

Quando as crianças voltarem a casa, as famílias vão receber três meses de ajuda alimentar do Programa Mundial de Alimentos (PMA).

Além dos serviços relacionados com os meios de subsistência, a Unicef e os parceiros vão assegurar serviços de educação específicos e centros de aprendizagem acelerada.

Este esforço é uma parceria entre a Unicef, a Missão das Nações Unidas no país, Unmiss, e parceiros do Governo. O representante da agência da ONU explica que "negociações com as partes em conflito exigem energia e compromissos consideráveis de todos os envolvidos".

A Unicef precisa de 45 milhões de dólares (cerca de 38 milhões de euros) para reintegrar estas crianças nos próximos três anos.

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