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Londres retira espiões após acesso de Rússia e China a documentos ultra-secretos

14 de junho de 2015 às 13:00
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A Grã-Bretanha foi obrigada a retirar alguns agentes de vários países depois de Pequim e Moscovo terem acedido a um milhão de documentos divulgados por Edward Snowden

A Grã-Bretanha foi obrigada a retirar espiões de alguns países depois de a China e a Rússia terem acedido a documentos ultra-secretos divulgados pelo antigo consultor da Agência Nacional de Segurança, Edward Snowden, informa hoje oThe Sunday Times.

Altos dirigentes do governo e dos serviços secretos disseram ao jornal que agentes tinham sido retirados de países hostis depois de a Rússia ter conseguido decifrar mais de um milhão de dossiês.

"A Rússia e a China tinham essas informações. Isso significa que os agentes tiveram de ser retirados e que o facto de os nossos modos de operação terem sido divulgados fez parar a nossa recolha de informações essenciais", disse aoThe Sunday Timesuma fonte em Downing Street, do gabinete do primeiro-ministro, David Cameron.

Outras fontes governamentais citadas pelo jornal afirmaram que a China tinha conseguido aceder aos documentos que revelam as técnicas dos serviços secretos da Grã-Bretanha e Estados Unidos, suscitando receios de que os seus espiões possam ter sido identificados.

Edward Snowden, ex-consultor da Agência Nacional de Segurança norte-americana (NSA na sigla inglesa), continua exilado na Rússia, após ter revelado a amplitude dos programas de vigilância electrónica norte-americanos em 2013.

Snowden afirmou que nenhum serviço secreto poderia descodificar os documentos que ele tinha na sua posse.

Mas uma fonte dos serviços secretos declarou aoThe Sunday Times: "Sabemos que a Rússia e a China acederam aos materiais de Snowden e que eles os vão estudar durante anos, em busca de pistas para identificar alvos potenciais".

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