NEWSLETTER EXCLUSIVA PARA ASSINANTES Para que não lhe escape nada, todos os meses o Diretor da SÁBADO faz um resumo sobre o que de melhor aconteceu no mês anterior.
O fundador da WikiLeaks saiu em liberdade nesta quarta-feira de um tribunal norte-americano após se ter declarado culpado de violar a lei de espionagem dos Estados Unidos, num acordo em que lhe permitiu regressar ao seu país natal.
Ao fim de 14 anos, a batalha jurídica de Julian Assange termina. O fundador da WikiLeaks saiu em liberdade nesta quarta-feira de um tribunal dailha norte-americana de Saipan, situada no Pacífico, após se ter declarado culpado de violar a lei de espionagem dos Estados Unidos, num acordo em que lhe permitiu regressar à Austrália.
REUTERS/Kim Hong-Ji
Durante a audiência que durou cerca de três horas, Julian Assange declarou-se culpado de uma acusação criminal de conspiração para obter e divulgar documentos confidenciais de defesa nacional dos Estados Unidos. No entanto, o mesmo afirmou em tribunal que acreditava que a Primeira Emenda da Constituição dos Estados Unidos, que protege a liberdade de expressão, protegia as suas atividades.
"Trabalho como jornalista, encorajei a minha fonte a fornecer informações que dizia serem confidenciais, a fim de publicar essa informação", mencionou o fundador da WikiLeaks em tribunal. "Acreditava que a Primeira Emenda protegia essa atividade, mas aceito que era uma violação do estatuto de espionagem."
A juíza Ramona Manglona aceitou a sua confissão de culpa, referindo que o governo dos Estados Unidos indicou que não houve qualquer vítima pessoal perante as ações de Julian Assange. "Com esta decisão, parece que poderá sair deste tribunal como um homem livre", afirmou a magistrada ao proferir a sentença. "Espero que isto ajude a restaurar alguma paz."
Na sequência da sentença, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos emitiu uma longa declaração onde afirmava que o fundador da WikiLeaks não seria autorizado a regressar aos Estados Unidos, proibição que já fazia parte do acordo, que também implicava uma pena de 62 meses de prisão, mas esta já foi cumprida na prisão de segurança máxima de Belmarsh, no Reino Unido.
Julian Assange passou mais de cinco anos na prisão de Belmarsh e sete anos na embaixada do Equador, em Londres, onde lutou contra a sua extradição para a Suécia, depois de uma acusação de agressão sexual, e para os Estados Unidos, onde enfrentava 18 acusações criminais de conspiração.
Estas últimas tiveram origem na divulgação de 700 mil documentos militares secretos dos Estados Unidos na WikiLeaks sobre as guerras de Washington no Afeganistão e no Iraque, tendo esta sido considerada uma das maiores fugas de informação secreta na história dos Estados Unidos.
O fundador da WikiLeaks deixou a prisão de Belmarsh na segunda-feira, dia 24, antes de ser libertado sob fiança pelo Supremo Tribunal do Reino Unido, tendo sido deixado no aeroporto para voltar para casa, após aceitar declarar-se culpado de violar a lei de espionagem dos Estados Unidos. O mesmo foi julgado na ilha de Saipan, território americano, no Pacífico devido à sua impossibilidade de viajar para o continente americano e à sua proximidade com a Austrália, o seu país natal.
Julian Assange está esta quarta-feira de manhã a voltar para a sua casa na Austrália, onde deverá aterrar por volta das 19h (10h em Lisboa).
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.
Até porque os primeiros impulsos enganam. Que o diga o New York Times, obrigado a fazer uma correcção à foto de uma criança subnutrida nos braços da sua mãe. O nome é Mohammed Zakaria al-Mutawaq e, segundo a errata do jornal, nasceu com problemas neurológicos e musculares.