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José Eduardo dos Santos. A fama de playboy e as garrafas de vinho que serviram para comprar um carro

Celso Filipe 14 de julho de 2022 às 14:00

Chegou à presidência de Angola como uma solução de transição. Ficou por lá 38 anos e construiu uma forte teia de poder marcada pela corrupção. Cultivou a discrição mas os seus últimos dias de vida foram mediaticamente ruidosos com as fortes acusações das filhas a João Lourenço, atual chefe de Estado.

"Ele é bonito, elas seduzem-no e ele não resiste…” Eis uma explicação para a circunstância de José Eduardo dos Santos (Zédu) ter sido considerado, à boca calada, um “mulherengo”. Esta tem uma particularidade, terá sido verbalizada por Isabel dos Santos no fim da década de 90, ainda a filha primogénita do ex-chefe de Estado angolano era uma ilustre desconhecida. Poucos anos depois, mais propriamente em dezembro de 2002, Isabel dos Santos entraria nos holofotes por força do seu sumptuoso casamento com o congolês Sindika Dokolo dividido em duas cerimónias, uma civil no Palácio Presidencial, outra na Sé Catedral de Luanda. O enlace terá custado praticamente 1 milhão de euros e no banquete dado a milhares de convidados foi servida lagosta do Kwanza Sul, garoupa da Costa de Luanda, gambas e caranguejo do Namibe.

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