Líderes muçulmanos disseram que vão decidir mais tarde se os fiéis vão poder voltar ao local sagrado para orações, pondo fim à crise.
O líder do Comité Supremo Islâmico, Ikrema Sabri, tinha dito anteriormente que os fiéis não podiam voltar ao templo até Israel remover as novas barreiras e câmaras instaladas após um ataque mortal no local.
Segundo Sabri, mesmo depois de Israel remover os detectores de metais, outros passos tinham de ser dados para repor a calma, indicando que os protestos iriam continuar até os portões do complexo serem abertos, e removidas as barreiras metálicas, ponte de ferro e câmaras.
"Não vamos entrar na mesquita, até estas medidas serem implementadas", disse à agência Associated Press.
Não se sabe se a remoção das barreiras e ponte será suficiente, mas na quinta-feira de manhã palestinianos dançaram na rua, cantando "Deus é grande".
No início do mês, Israel instalou novas medidas de segurança após um atirador árabe ter abatido a tiro dois polícias dentro da área do templo. No entanto, os palestinianos viram as novas medidas de segurança como uma tentativa de Israel aumentar o controlo sobre o local.
O caso gerou os piores confrontos de rua em vários anos.
A decisão de retirar os detectores de metais foi tomada após uma intensa mobilização diplomática, com a comunidade internacional receosa do risco de uma escalda das tensões. Na terça-feira os detetores foram retirados e câmaras de videovigilância instaladas.
No entanto, políticos palestinianos e clérigos muçulmanos dizem que estas medidas não são suficientes e pedem a Israel que reponha a situação no templo da Cidade Velha de Jerusalém, tal como estava antes do ataque de 14 de Julho.
O complexo, conhecido entre os muçulmanos como Santuário Nobre e entre os judeus como Monte do Templo, - também comumente chamado de Esplanada das Mesquita -- é um dos locais mais disputados do mundo.