Segundo o responsável pelo programa de furacões do estado, Andrew Sussman, cerca de 5,6 milhões de pessoas deste estado receberam, até sexta-feira, uma ordem para deixarem as suas casas devido ao perigo mortal que o Irma representa.
"Não é esta noite, não é daqui a uma hora. É agora", afirmou o governador do estado, Rick Scott, sublinhando a urgência da ordem para que os cidadãos se mudem para os abrigos que existem em todo o estado.
Scott ordenou na noite de quinta-feira, e até segunda-feira, o encerramento de todas as escolas e universidades públicas para que possam estar disponíveis como abrigos.
Mesmo assim, muitos centros de acolhimento no condado de Miami-Dade e Broward fecharam portas na sexta-feira depois de terem atingido a capacidade máxima.
Entre quinta e sexta-feira as estradas estaduais com direcção a norte registaram engarrafamentos, naquele que é já considerado um êxodo sem precedentes de residentes e turistas.
A Florida Power & Light Company, uma das principais fornecedoras de electricidade do estado, antecipa que pelo menos 4,1 milhões de clientes vão ficar sem energia como resultado do impacto do Irma.
A empresa, que é proprietária de centrais nucleares, informou que estas serão encerradas gradualmente e com antecedência perante o surgimento dos ventos.
Quase 15 mil dominicanos ainda não puderam voltar a casa
Quase 15 mil pessoas ainda não puderam voltar às suas casas na República Dominicana, onde foi reduzido para dois o número de províncias em alerta vermelho após a passagem do furacão Irma, que não causou vítimas mortais nesta ilha.
O director do Centro de Operações de Emergências, Juan Manuel Méndez, apresentou, em conferência de imprensa, dados actualizados das consequências da passagem do furacão, indicando que cinco províncias estão em alerta amarelo e 15 em verde.
Em alerta vermelho estão ainda San Juan e Montecristi (noroeste).
Do total de deslocados, 1.899 estão em casa de familiares e 12.829 em abrigos estatais.
A passagem do furacão destruiu 108 casas e causou estragos noutras 966.
Há ainda 38 comunidades isoladas e quatro pontes danificadas como consequência do Irma.
Mais de um milhão de pessoas ficaram sem água devido ao facto de 30 aquedutos terem deixado de funcionar.
Apesar de a electricidade ter sido restabelecida para boa parte dos clientes, milhares estão ainda sem energia.
Os efeitos do Irma na República Dominicana foram menores do que previsto, mas algumas zonas sofreram inundações e causaram danos graves em centenas de casas de frágil construção.
Este furacão, o mais poderoso registado no Atlântico, causou pelo menos 18 mortos à passagem pelas Antilhas Menores e Porto Rico, e destruiu a ilha de Barbuda e a parte francesa de Saint-Martin.
Irma dirige-se para os Estados Unidos, onde é esperado na Florida no domingo.