"A verdade é que não mentimos. Mentir é disfarçar a verdade, intencional e conscientemente. Mentir é sufocar informações. Mentir é conhecer um facto e não o dizer ou distorcer a realidade" deste facto, disse porta-voz governamental.
O governo iraniano negou, esta sexta-feira, ter tentado encobrir a responsabilidade das autoridades do país no incidente com o avião ucraniano abatido "por erro" a 8 de janeiro, perto de Teerão.
"Nestes dias de tristeza, críticas foram dirigidas aos responsáveis e às autoridades do país. Alguns responsáveis foram até acusados de mentir e tentar encobrir o assunto, quando realmente, honestamente, não foi o caso", disse o porta-voz do governo iraniano, Ali Rabii, aos jornalistas.
"A verdade é que não mentimos. Mentir é disfarçar a verdade, intencional e conscientemente. Mentir é sufocar informações. Mentir é conhecer um facto e não o dizer ou distorcer a realidade" deste facto, acrescentou Rabii.
"O que dissemos na quinta-feira (…) foi baseado (…) em informações que foram apresentadas ao Governo, que não havia conexão entre o acidente e um (tiro de) míssil", afirmou o porta-voz.
Na quinta e sexta-feira, a Organização de Aviação Civil Iraniana e o governo negaram a hipótese de que o avião pudesse ter sido abatido por um míssil, possibilidade avançada na noite de quarta-feira pelas autoridades canadianas.
Todas as 176 pessoas a bordo, principalmente iranianas e canadianas, morreram no desastre.
O anúncio da responsabilidade das forças armadas provocou uma onda de indignação no Irão.
Na noite de sábado, uma cerimónia de homenagem às vítimas numa universidade de Teerão transformou-se numa manifestação contra as autoridades, com gritos de "morte aos mentirosos", antes de ser dispersada pela polícia.
Novamente na noite de domingo, manifestações ocorreram em Teerão, de acordo com vídeos publicados nas redes sociais.
A polícia e as forças de segurança iranianas dispararam balas reais e gás lacrimogéneo para dispersar manifestantes que protestavam contra as autoridades.
Os 'media' estatais do Irão não noticiaram imediatamente o incidente perto de Azadi, ou praça da Liberdade, em Teerão, na noite de domingo.
No entanto, organizações não-governamentais de defesa de direitos humanos já pediram ao Irão que permita que as pessoas protestem pacificamente, conforme permitido pela Constituição.
As pessoas tossem e espirram enquanto tentam escapar, com uma mulher a gritar, em farsi: "Eles dispararam gás lacrimogéneo contra as pessoas! Praça Azadi. Morte ao ditador!".
Outro vídeo mostra uma mulher a ser carregada, sendo visível um rasto de sangue no chão. Pessoas ao seu redor gritam que foi baleada na perna.
Irão nega ter tentado encobrir responsabilidade por queda de avião
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O espaço lusófono não se pode resignar a ver uma das suas democracias ser corroída perante a total desatenção da opinião pública e inação da classe política.
O regresso de Ventura ao modo agressivo não é um episódio. É pensado e planeado e é o trilho de sobrevivência e eventual crescimento numa travessia que pode ser mais longa do que o antecipado. E que o desejado. Por isso, vai invocar muitos salazares até lá.