Cerca de 36 mil alunos estão sem aulas e 97 escolas foram encerradas devido à crise política e militar em Moçambique
Um levantamento realizado pelo Ministério da Educação, realizado desde a segunda semana de Março, indica que Sofala é a província mais afectada, com 38 escolas fechadas, seguida da Zambézia (27), Tete (25) e Manica (7).
"Estamos a estudar alternativas para ver se é possível aproveitar as férias e retomar as aulas", disse o ministro da tutela, Jorge Ferrão, citado pelo mesmo diário, avançando que outra opção é transferir os estudantes e suas famílias para zonas seguras.
Para Jorge Ferrão, a questão dos números não é a mais relevante, destacando a necessidade de prevenir a existência de crianças em situação de risco, mas receando que, depois de terem perdido este ano lectivo, os alunos possam "não ter uma oportunidade no futuro".
As últimas semanas têm sido marcadas por um agravamento da situação militar em Moçambique, com registos de confrontos entre as duas partes e de emboscadas atribuídas a homens da Renamo (Resistência Nacional Moçambicana) nas principais estradas do centro do país, atingindo viaturas militares e civis.
As autoridades determinaram em Fevereiro a criação de escoltas militares obrigatórias em dois troços na província de Sofala da N1, a principal estrada moçambicana, enquanto no vizinho Malaui o número de refugiados em fuga da província de Tete ascende a pelo menos 11 mil.
A Renamo exige governar nas seis províncias onde reivindica vitória eleitoral e sujeita a retoma do diálogo à mediação da África do Sul, União Europeia e Igreja Católica.
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