A companhia tecnológica negou, num debate no Parlamento Europeu, ter "instruções" do Estado chinês para instalar 'backdoors' em dispositivos móveis de quinta geração, notando que isso seria "um suicídio" para a empresa.
A companhia tecnológicaHuaweinegou esta quarta-feira, num debate no Parlamento Europeu, ter "instruções" do Estado chinês para instalar 'backdoors' (portas de acesso) em dispositivos móveis de quinta geração (5G), notando que isso seria "um suicídio" para a empresa.
"As pessoas perguntam sempre qual é a relação entre a Huawei e o Estado chinês. É a mesma relação que têm outras empresas privadas ou internacionais que operam naChina, como a Siemens ou a Nokia: temos de pagar os nossos impostos e respeitar as leis", afirmou o representante chefe da Huawei para as instituições europeias, Abraham Liu.
O responsável respondia a uma questão relacionada com acusações de espionagem que têm recaído sobre a tecnológica chinesa, nomeadamente sobre a alegada instalação de 'backdoors' em equipamentos 5G, num debate público promovido peloParlamento Europeu, em Bruxelas.
"Nunca recebemos qualquer instrução para instalar 'backdoors' nos nossos equipamentos 5G", vincou Abraham Liu, afastando, assim, "qualquer obrigação legal" para o fazer.
E reforçou: "Como empresa privada [...], não temos qualquer motivação para fazer algo desse género porque se o fizéssemos isso seria conter suicídio".
"Nunca faríamos algo que pudesse pôr os dados pessoais dos nossos clientes em perigo", salientou Abraham Liu.
Na sua intervenção inicial, o responsável observou que "a Huawei tem sido um parceiro de confiança da Europa durante 20 anos".
"Temos crescido juntos, mas sabemos que ainda têm dúvidas sobre nós e, por isso, viemos ao Parlamento Europeu responder a todas as vossas questões", adiantou Abraham Liu.
O debate de hoje foi organizado pelos eurodeputados Maria Grapini (dos socialistas europeus), Franc Bogovic (do Partido Popular Europeu), Bill Newton Dunn (do partido Renovar a Europa) e Jan Zahradil (dos conservadores e reformistas), em parceria com a tecnológica chinesa, e foi subordinado ao tema "Manter um ecossistema global aberto com a Huawei: uma perspetiva europeia".
Assumida como uma prioridade europeia desde 2016, a aposta no 5G já motivou também preocupações com a cibersegurança, tendo levado a Comissão Europeia, em março deste ano, a fazer recomendações de atuação aos Estados-membros, permitindo-lhes desde logo excluir empresas 'arriscadas' dos seus mercados.
Bruxelas pediu, também nessa altura, que cada país analisasse os riscos nacionais com o 5G, o que aconteceu até junho passado, seguindo-se depois uma avaliação geral em toda a UE e a adoção de medidas comuns para mitigar estas ameaças, isto até final do ano.
Nessa análise feita aos riscos nacionais, os Estados-membros detetaram a possibilidade de ocorrência de casos de espionagem ou de ciberataques vindos, nomeadamente, de países terceiros, segundo um relatório divulgado na semana passada.
Apesar de Bruxelas rejeitar incidir no documento sobre uma determinada empresa ou sobre um determinado país, certo é que a tecnológica chinesa Huawei tem vindo a ser acusada, principalmente pelos Estados Unidos, de espionagem através das redes 5G.
A Europa é o maior mercado da Huawei fora da China. De um total de 50 licenças que a empresa detém para o 5G, 28 são para operadoras europeias.
Huawei nega ter "instruções" do Estado chinês para espionagem
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