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Guterres sobre Ghouta: "É tempo de parar este inferno na Terra"

Além de apelar ao cessar-fogo de urgência, António Guterres sublinhou que as agências de ajuda humanitária da ONU estão prontas para retirar feridos da região e prestar assistência.

O Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, voltou a alertar esta segunda-feira para a urgência de acabar com o massacre em Ghouta, na Síria. "Ghouta não pode esperar. É mais do que tempo de parar este inferno na Terra", defendeu Guterres, na abertura da sessão do Conselho de Direitos Humanos.

Além de apelar ao cessar-fogo de urgência, António Guterres sublinhou que as agências de ajuda humanitária da ONU estão prontas para retirar feridos da região e prestar assistência. 

Também o Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos do Homem, Zeit Ra’ad Al Hussein, denunciou esta segunda-feira a existência de "matadouros de seres humanos" na Síria, República Democrática do Congo, Burundi, Iémen e Birmânia.

Estes "conflitos transformaram-se em "matadouros" de seres humanos – cada vez mais frequentes – porque não actuamos de forma suficiente (…) para impedir estes horrores", disse Zeit Ra’ad Al Hussein perante o Conselho dos Direitos do Homem reunido em Genebra.

O responsável acusou os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas de serem "responsáveis pela continuidade de tanto sofrimento". "Aqueles que utilizaram o veto para bloquear as acções em bloco – que poderiam reduzir o sofrimento extremo das populações inocentes — são os que deveriam responder perante as vítimas", afirmou.

Considerando que a França e o Reino Unido "cumprem um uso limitado do direito (de veto)", Zeit Ra’ad Al Hussein apelou à República Popular da China, à Rússia e aos Estados Unidos a "pôr fim ao recurso pernicioso do veto".

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O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.