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Guerra nuclear: o regresso do espectro

Vasco Rato
Vasco Rato 18 de novembro de 2025 às 23:00

Putin e Trump trocam argumentos, testes e retórica. A China prepara-se para ficar ao nível dos EUA e da Federação Russa. E há novos atores à espreita no tabuleiro instável de uma nova guerra fria.

A longa guerra na Ucrânia ressuscitou o espectro da guerra nuclear. Dir-se-á que a crescente preocupação em torno de um eventual confronto nuclear traz à memória os anseios generalizados provocados pela crise dos misseís de Cuba, de outubro de 1962. À medida que as relações entre a Rússia e o Ocidente se degradaram em resultado da invasão ucraniana, Vladimir Putin veio a terreiro para afirmar que os aliados de Kiev pretendem escalar o conflito, o que obriga a Rússia, em conformidade com a sua doutrina nuclear, a equacionar o uso de armas nucleares para defender a sua soberania. No entanto, por razões várias, as ameaças de Putin deixaram de ser credíveis, o que aumenta o risco de um confronto que poderá terminar no uso dessas mesmas armas.

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