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Filho de Lula da Silva recebeu subornos de fabricantes de carros

06 de dezembro de 2018 às 16:20
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Ex-ministro Antonio Palocci disse à polícia que o ex-Presidente do Brasil acertou o pagamento de subornos ao seu filho em troca da concessão de benefícios para fabricantes de carros.

O ex-ministro brasileiro Antonio Palocci disse esta quinta-feira à polícia que o ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva aceitou o pagamento de subornos ao seu filho em troca da concessão de benefícios para fabricantes de carros.

A declaração consta de um depoimento prestado à 10.ª Vara da Justiça Federal em Brasília, num processo da Operação Zelotes, que investiga a compra de medidas provisórias, que são instrumentos administrativos com força de lei adoptados pelo Presidente da República.

Palocci declarou que Luís Cláudio Lula Silva, filho de Lula da Silva, o procurou para captar recursos para projectos desportivos entre 2013 e 2014 e que depois levou o assunto directamente ao ex-Presidente brasileiro.

Segundo o ex-ministro da Fazenda, num encontro no Instituto Lula, o antigo chefe de Estado ter-lhe-á dito para não se preocupar porque já havia conseguido o dinheiro na renovação dos benefícios dados a partir de medidas provisórias às empresas Caoa e Mitsubishi.

Segundo informações divulgadas pelo jornal Folha de S.Paulo, uma das empresas do filho de Lula da Silva recebeu 2,5 milhões de reais (560 mil euros) do lobista Mauro Marcondes Machado, que representava as duas empresas perante o Governo e o Congresso brasileiro.

Neste processo, o Ministério Público brasileiro denunciou Lula da Silva e outras seis pessoas no ano passado por, supostamente, ter vendido uma medida provisória que beneficiou fabricantes de veículos com fábricas nas regiões norte, nordeste e centro-oeste do Brasil.

O ex-Presidente brasileiro, preso desde Abril por ter sido condenado em duas instâncias num processo da Operação Lava Jato sobre a propriedade de um apartamento de luxo instância turística do Guarujá, e os outros envolvidos no processo são acusados da prática de corrupção passiva.

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