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Ex-director da CIA diz que Trump vai causar "danos duradouros"

17 de agosto de 2017 às 09:28
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"As palavras de Trump, e as convicções que reflectem, são uma desgraça nacional, e todos os norte-americanos de consciência têm de repudiar estes comentários horríveis e perigosos", disse Brennan

O ex-director dos serviços secretos dos Estados Unidos (CIA) John Brennan disse esta quarta-feira que o Presidente Donald Trump vai causar "danos duradouros" à sociedade norte-americana e à posição do país no mundo.

Brennan referia-se à reacção de Trump aos acontecimentos em Charlottesville, no sábado, onde um neonazi investiu com o seu carro contra uma manifestação anti-racista, matando uma mulher e ferindo duas dezenas de pessoas.

O Presidente responsabilizou "os dois lados" e sublinhou que os grupos de esquerda também atacaram os de extrema direita.

"As palavras de Trump, e as convicções que reflectem, são uma desgraça nacional, e todos os norte-americanos de consciência têm de repudiar estes comentários horríveis e perigosos", disse Brennan, numa carta dirigida ao apresentador daCNN, Wolf Blitzer.

"Se permitimos que siga por este caminho sem sentido, Trump causará danos duradouros à sociedade norte-americana e à nossa reputação no mundo. Com as suas palavras e acções, Trump põe em grave risco a nossa segurança nacional e o nosso futuro colectivo", acrescentou Brennan.

A reacção de Trump à violência em Charlottesville ao assassínio de uma mulher por um neonazi gerou uma onda de críticas de todos os sectores.

A Ucrânia não ficará sozinha

Zelensky vê na integração na UE uma espécie de garantia de segurança, ainda que não compense a não entrada na NATO. É possível sonhar com um cessar-fogo capaz de evitar uma futura terceira invasão russa da Ucrânia (agora para Odessa e talvez Kiev, rumo às paredes da frente Leste da UE)? Nunca num cenário de concessão do resto do Donbass. O invadido a oferecer, pela negociação, ao invasor o que este não foi capaz de conquistar no terreno? Não pode ser. Aberração diplomática que o fraco mediador Trump tenta impor aos ucranianos.