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Estado Islâmico perde Raqqa, a capital do "califado"

As Forças da Síria Democrática (FSD) anunciaram que controlam totalmente Raqqa. O Observatório Sírio dos Direitos Humanos também confirma. Contudo, ainda há presença de terrorista na cidade

É oficial: o autoproclamado Estado Islâmico perdeu o seu último bastião. As Forças da Síria Democrática (FSD), uma aliança armada liderada por milícias curdas e árabes, apoiadas pelo Estados Unidos, anunciaram que controlam totalmente Raqqa, mas sem confirmar o fim da presença do grupo extremista Estado Islâmico (EI).

"A operação militar terminou em Raqqa, mas agora levamos a cabo uma operação de limpeza para terminar com as células adormecidas do EI que existem na localidade", disse à agência de notícias espanhola Efe o porta-voz das FSD, o general Talal Salu. Também o Observatório Sírio dos Direitos Humanos apurou que o EI perdeu o domínio de toda a cidade depois de conquistarem o estádio municipal e as suas imediações, o único reduto onde ainda havia presença do EI.

Quem também confirma, através de uma publicação de Facebook, a libertação da cidade é Arges Artiaga, soldado de 41 anos que fugiu de Galiza em 2014 para se juntar à milícia curda YPG. Nas redes sociais, simpatizantes e militantes das forças curdas partilharam as celebrações pela conquista de Raqqa:

As FSD vão publicar brevemente um comunicado proclamando oficialmente que a cidade de Raqqa está livre de terroristas. Contudo, o porta-voz do Conselho Militar de Manbech, Shervan Darwish, cuja formação integra as FSD, admitir que ainda a presença do EI na cidade ainda está a ser combatida. "Ainda há combates no estádio municipal e nas suas imediações, e continua a operação de busca, não podemos declarar que Raqqa está livre de todo o EI", disse Darwish à Efe.

O Observatório Sírio dos Direitos Humanos informou que as FSD, que contam com o apoio da coligação internacional encabeçada pelos Estados Unidos, dominam toda a cidade depois de conquistarem o estádio municipal e as suas imediações, o único reduto onde ainda havia presença do EI.

As FSD começaram a 6 de Junho uma ofensiva sobre a cidade de Raqqa, a antiga 'capital do califado' do EI, com o apoio da coligação internacional e dos efectivos das forças especiais dos EUA no terreno.

Pelo menos 3.273 pessoas morreram, das quais 1.287 civis, nos conflitos em Raqqa

Pelo menos 3.273 pessoas morreram, das quais 1.287 eram civis, durante os mais de quatro meses da ofensiva contra o grupo Estado Islâmico (EI) na cidade síria de Raqqa, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

Dos 1287 civis mortos, 1.130 morreram devido a bombardeamentos da coligação internacional, liderada pelos Estados Unidos e que combate o EI, contra a população e as zonas da periferia a sul do rio Eufrates. Segundo o OSDH, as outras 157 vítimas mortais civis ocorreram devido à explosão, durante a sua fuga, de minas colocadas pelos extremistas.

Já o EI teve um total de 1.353 baixas causadas pelos bombardeamentos e combates contra as FDS que, por sua vez, perdeu 633 combatentes.

A juntar a estas informações, a organização não-governamental 'Save the Children' alertou hoje que a crise humanitária em Raqa é "pior do que nunca". "Cerca de 270 mil pessoas que fugiram dos combates em Raqa continuam a ter uma necessidade crítica de ajuda e os campos estão cheios de gente", disse num comunicado a diretora da ONG para a Síria, Sonia Khush.

A ofensiva em Raqqa começou no passado dia 06 de Junho por parte das Forças Democráticas Sírias (FDS), uma aliança de combatentes curdos e árabes apoiada por Washington, naquela que é a "capital do califado" proclamado pelo EI em 2014.

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