Na sexta-feira milhares de cipriotas-turcos saíram às ruas de Nicósia, a capital do país, contra as leis que permitem a utilização de hijabs nas escolas e afirmaram: "Tirem as mãos da nossa terra".
O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, alertou os manifestantes do norte separatista do Chipre para não "semearem o ódio" porque não vão ter sucesso. A tensão tem aumentado depois das alegadas tentativas de Ancara de islamizar a região.
Nedim Enginsoy/ AP
Erdogan fez uma visita ao território ocupado durante o dia de sábado e dirigiu duras palavras aos cipriotas-turcos que têm intensificado as manifestações contra as suas políticas, especialmente contra a lei que permite o uso de hijabs nas escolas: "Aqueles que tentam perturbar a nossa irmandade, criar uma divisão entre nós e semear o ódio, não terão sucesso".
A visita do presidente da Turquia tinha como principal objetivo inaugurar uma nova residência presidencial e um parlamento no Norte do Chipre e mais tarde, ao discursar num festival de tecnologia, voltou a referir o assunto: "Se tentarem mexer com os lenços nas cabeças das nossas meninas, sinto muito, mas estaremos contra vocês".
Na sexta-feira, milhares de cipriotas-turcos saíram às ruas de Nicósia, a capital do país, e afirmaram: "Tirem as mãos da nossa terra".
Selma Eylem, líder do sindicato dos professores, considerou que a regulamentação equivalia a impor o islamismo político que não apenas se orgulha da sua identidade secular, mas também do seu modo de vida. "Dizemos, mais uma vez, aos representantes do AKP [partido de Erdogan, com raízes islâmicas]: tirem as mãos das nossas crianças e da nossa sociedade", afirmou na sexta-feira.
Esta manifestação ocorreu depois de protestos quase diários contra a lei do hijab, com o apoio de mais de cem sindicatos e membros da sociedade civil, muitos dos quais apoiam a reunificação da ilha como uma federação.
A Turquia ocupa o norte do Chipre desde que, em 1974, as tropas turcas receberam ordens para invadir a ilha e conseguirem ocupar o terço norte. A operação militar ocorreu depois de um golpe da direita local, apoiado por Atenas, que tinha o objetivo de unir a ilha à Grécia. Em 1983, o Norte do Chipre declarou a independência unilateralmente, no entanto não foi reconhecida por nenhum país além da Turquia.
Erdogan insistiu também que depois de décadas de negociações de paz fracassadas entre cipriotas gregos e turcos, é necessária "uma solução de dois Estados" que poderia resolver a disputa diplomática: "A solução de dois Estados é a visão conjunta da Turquia e do Norte do Chipre".
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.
Até porque os primeiros impulsos enganam. Que o diga o New York Times, obrigado a fazer uma correcção à foto de uma criança subnutrida nos braços da sua mãe. O nome é Mohammed Zakaria al-Mutawaq e, segundo a errata do jornal, nasceu com problemas neurológicos e musculares.