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Eleições espanholas: Generalitat apela a Portugal para que intervenha em prol do diálogo

11 de novembro de 2019 às 15:33
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Alfred Bosch, membro do governo da Região Autónoma da Catalunha, considera que o Governo português deveria pressionar o futuro governo de Espanha a dialogar com as forças independentistas catalãs.

O Governo de Portugal deveria pressionar o futuro governo deEspanhaa dialogar com as forças independentistas catalãs, disse à Lusa o conselheiro para as Ações Exteriores da Generalitat. "Peço aos portugueses e ao Governo português concretamente que falem com Pedro Sánchez, que falem com o governo que se vai formar em Espanha, se conseguirem formar o executivo, para ver se o conseguem convencer a caminhar no sentido de diálogo", disse à Lusa, Alfred Bosch, membro do governo daRegião Autónoma da Catalunha.

"Não seria compreensível que o Governo português não fizesse caso e não estive a atento a observar e tentar ajudar no que está a acontecer do outro lado da fronteira", frisou acrescentando que o que "acontece além das fronteiras de Portugal, no país vizinho, é muito transcendente".

Bosch referia-se ao que considera "erros" do líder do PSOE sobre a "questão catalã", mas também pela subida da extrema-direita que aumentou o número de votos. "A linha da força vai ter de mudar ou isto vai acabar muito mal, não para a Catalunha, mas sim para o reino de Espanha e para a Europa porque isto vai influir no contexto europeu", afirmou quando questionado sobre o aumento do número de deputados do Vox.

Em concreto sobre a Catalunha, a Generalitat defende que o Estado Espanhol deve sentar-se e falar. "É a única forma de avançar e essa porta está aberta e sempre estará aberta porque é a única possível. Não é a melhor e não é a nossa, é a única possível no século XXI", afirmou o responsável pelas Ações Externas da Generalitat.

Nas eleições de domingo, dos 48 lugares que a Catalunha elege, o partido Esquerda Republicano da Catalunha (ERC) alcançou 13 deputados, o Juntos por Catalunha (JxCat) conseguiu oito deputados e a Candidatura de Unidade Popular (CUP) concorreu pela primeira vez à Assembleia Nacional obtendo elegendo dois.

As 10 lições de Zaluzhny (I)

O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.