O secretário-geral da vice-presidência da Generalitat, Josep Maria Jové, e o secretário do Departamento de Finanças, Lluis Salvadó, são dois dos elementos que fazem parte do grupo de detidos que vão ser ouvidos hoje pelo juiz Juan Antonio Ramírez.
Na quarta-feira realizaram-se buscas em organismos oficiais e empresas privadas tendo sido apreendidos documentos e diverso material relacionado com a realização do referendo suspenso pelo Tribunal Constitucional.
Os detidos foram acusados de delitos de desobediência, má gestão de fundos públicos e sedição, incorrendo a penas que podem chegar aos 15 anos de cadeia.
Cinco dos 14 detidos foram postos em liberdade na quinta-feira, sendo que outros três já tinham sido libertados na quarta-feira, logo após a operação da Guarda Civil.
Esta quinta-feira à noite, o presidente da Generalitat disse dispor de um "plano de contingência" para a realização da consulta independentista na data marcada. Através de uma mensagem difundida pelas redes sociais, Carles Puigdemont disse que o governo autónomo sente que está "completamente apoiado e preparado para enfrentar os embates que possam acontecer".
"A 1 de Outubro vai realizar-se o referendo de autodeterminação que tínhamos convocado. Vai realizar-se porque temos previstos planos de contingência para o garantir, mas, sobretudo porque existe apoio da imensa maioria da população que está farta de prepotência e dos abusos do governo do Partido Popular", escreveu o presidente da Generalitat.
Segundo Puigdemont "já não é uma questão de se decidir um vínculo político com o Estado, mas sim de queremos viver sob um regímen plenamente democrático que respeite as liberdades".