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Detidos por envolvimento no referendo ouvidos em tribunal

Juan Antonio Ramírez é o juiz responsável por ouvir os seis detidos, acusados de delitos de desobediência, má gestão de fundos públicos e sedição.

Seis dos 14 detidos por envolvimento no referendo da Catalunha, agendado para 1 de Outubro, vão ser presentes ao juiz esta sexta-feira. Fontes oficias da EFE, informaram que os seis detidos foram transportados para o tribunal pela Guardia Civil, sob fortes medidas dde segurança.

O secretário-geral da vice-presidência da Generalitat, Josep Maria Jové, e o secretário do Departamento de Finanças, Lluis Salvadó, são dois dos elementos que fazem parte do grupo de detidos que vão ser ouvidos hoje pelo juiz Juan Antonio Ramírez. 


Na quarta-feira realizaram-se buscas em organismos oficiais e empresas privadas tendo sido apreendidos documentos e diverso material relacionado com a realização do referendo suspenso pelo Tribunal Constitucional.

Os detidos foram acusados de delitos de desobediência, má gestão de fundos públicos e sedição, incorrendo a penas que podem chegar aos 15 anos de cadeia.

Cinco dos 14 detidos foram postos em liberdade na quinta-feira, sendo que outros três já tinham sido libertados na quarta-feira, logo após a operação da Guarda Civil.

Esta quinta-feira à noite, o presidente da Generalitat disse dispor de um "plano de contingência" para a realização da consulta independentista na data marcada. Através de uma mensagem difundida pelas redes sociais, Carles Puigdemont disse que o governo autónomo sente que está "completamente apoiado e preparado para enfrentar os embates que possam acontecer".

"A 1 de Outubro vai realizar-se o referendo de autodeterminação que tínhamos convocado. Vai realizar-se porque temos previstos planos de contingência para o garantir, mas, sobretudo porque existe apoio da imensa maioria da população que está farta de prepotência e dos abusos do governo do Partido Popular", escreveu o presidente da Generalitat.

Segundo Puigdemont "já não é uma questão de se decidir um vínculo político com o Estado, mas sim de queremos viver sob um regímen plenamente democrático que respeite as liberdades".
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