Issad Rebrab é "suspeito de falsa declaração sobre movimento de capitais de e para o estrangeiro, sobrefaturação e importação de materiais usados".
O presidente executivo do maior grupo privado argelino, Issad Rebrab, foi detido na noite de segunda-feira, após ter-se apresentado ao Ministério Público, no âmbito de uma investigação anticorrupção naArgélia.
Segundo a agência de notícias oficialAPS, Issad Rebrab - de 74 anos e considerado a maior fortuna do país - é "suspeito de falsa declaração sobre movimento de capitais de e para o estrangeiro, sobrefaturação e importação de materiais usados, apesar da concessão de benefícios bancários tributários e aduaneiros destinados a novos equipamentos".
O fundador da Cevital negou na segunda-feira ter sido preso, numa mensagem publicada no Twitter, indicando que se havia apresentado à polícia no quadro do bloqueio de equipamentos industriais da sua empresa pelas autoridades, há quase um ano, no porto de Argel.
O empresário acredita que esse bloqueio é ilegítimo.
O grupo Cevital, dono do diário argelino Liberte e que comprou na França o grupo de eletrodomésticos Fagor-Brandt e o fabricante de portas e janelas Oxxo, não reagiu imediatamente à prisão do seu presidente-executivo.
A Cevital atua na área de eletrónica, siderurgia, eletrodomésticos e construção civil e emprega 18 mil pessoas, de acordo com os dados mais recentes do grupo.
Na segunda-feira, também foram presos quatro irmãos da poderosa família Kouninef, proprietária do grande grupo KouGC, especializado em engenharia civil, hidráulica e construção civil.
A família Kouninef é considerada próxima a Saïd Bouteflika, irmão e poderoso conselheiro de Abdelaziz Bouteflika, chefe de Estado há 20 anos que renunciou a 02 de abril sob a pressão popular e do exército.
Desde a renúncia de Bouteflika, a justiça argelina lançou uma série de investigações sobre corrupção e transferências ilícitas de capital de empresários poderosos, muitas vezes próximos ao ex-Presidente Bouteflika.
Rebrab, por seu lado, está em conflito com as autoridades argelinas, que acusa durante vários anos de bloquear os seus investimentos na Argélia.
No início de abril, Ali Haddad, um poderoso empresário que possui o maior grupo de construção da Argélia, muito próximo de Bouteflika, foi preso após a sua detenção na fronteira com a Tunísia, em posse de moeda estrangeira não declarada e dois passaportes, em violação à legislação argelina.
Detido o presidente-executivo do maior grupo privado da Argélia
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