Thomas Haulotte, jornalista independente que estava a fazer uma reportagem sobre uma ação de desobediência civil, passou essa noite em uma esquadra da polícia, juntamente com ativistas.
A Federação Europeia de Jornalistas (FEJ) decidiu hoje apresentar uma queixa ao Conselho da Europa pela detenção, na semana passada, de um jornalista, enquanto fazia uma reportagem nas proximidades das instituições comunitárias, em Bruxelas.
REUTERS/Yves Herman/File Photo
Thomas Haulotte, jornalista independente que estava a fazer, em 08 de abril, uma reportagem sobre uma ação de desobediência civil, passou essa noite em uma esquadra da polícia, juntamente com ativistas.
A FEJ fez a queixa ao Conselho da Europa, que, entre outros, tem o dever de velar pelo respeito da Convenção Europeia de Direitos Humanos, que salvaguarda a liberdade de imprensa.
Segundo o diário Le Soir, o secretário-geral do Conselho da Europa vai enviar a queixa da FEJ aos embaixadores dos 47 Estados membros e solicitar explicações ao Executivo belga.
As detenções ocorreram quando um grupo de ativistas estava a preparar a colagem de cartazes contra a extrema-direita, nas proximidades do bairro onde se encontram as instituições europeias.
Segundo Haulotte, enquanto os ativistas estavam a preparar a ação, chegaram duas viaturas da polícia, de onde saíram 10 agentes.
Cinco ativistas e o jornalista foram detidos de forma administrativa, passaram a noite em uma cela e às 06:30 foram libertados, disse fonte policial à televisão BX1.
Haulotte colabora habitualmente com a radiotelevisão francófona RTBF, se bem que na ocasião não estava nessa qualidade.
O jornalista disse à polícia que estava a informar sobre as ações dos ativistas e exibiu aos agentes o seu cartão de jornalista.
A FEJ entende que as autoridades belgas devem responder pela detenção do jornalista, por o terem algemado e por ter de passar a noite na esquadra.
Detenção de jornalista em Bruxelas motiva queixa ao Conselho da Europa
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