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Croácia realiza eleições presidenciais a poucos dias de assumir liderança rotativa da UE

A atual presidente Kolinda Grabar Kitarovic, a primeira mulher a assumir a Presidência croata, concorre a um segundo mandato. Tem como principais adversários o ex-primeiro-ministro croata Zoran Milanovic e o independente Miroslav Skoro.

A Croácia realiza este domingo eleições presidenciais, escrutínio que se antevê renhido e que é encarado como um teste ao Governo conservador croata a poucos dias do país assumir, pela primeira vez, a liderança rotativa da União Europeia (UE).

A atual presidente Kolinda Grabar Kitarovic (conservadora), eleita em 2015 e que foi a primeira mulher a assumir a Presidência croata, concorre a um segundo mandato, tendo como principais adversários o ex-primeiro-ministro croata Zoran Milanovic (social-democrata) e o independente Miroslav Skoro (apoiado pela direita nacionalista croata).

Outros oito candidatos vão constar no boletim eleitoral, mas as sondagens mais recentes indicam que os respetivos resultados irão ser pouco expressivos.

Os três principais candidatos nesta votação presidencial - Kolinda Grabar Kitarovic, Zoran Milanovic e Miroslav Skoro – têm surgido nas sondagens muito próximos uns dos outros e os analistas, ouvidos pelas agências internacionais, anteveem que o próximo chefe de Estado croata só irá ser eleito numa segunda volta, prevista para 05 de janeiro.

As últimas sondagens publicadas hoje confirmam tal cenário, estimando que nenhum dos três candidatos irá conseguir a maioria de votos necessária para garantir a eleição direta.

Apesar da função presidencial ser sobretudo protocolar, manter a Presidência será muito importante para o executivo liderado pelos conservadores da União Democrática Croata (HDZ, partido de centro-direita que domina a vida política croata desde a independência do país em 1991), que se prepara para assumir, a 01 de janeiro, a presidência rotativa semestral do Conselho da UE.

Membro do bloco europeu desde julho de 2013, a Croácia irá assegurar pela primeira vez a liderança rotativa europeia.

Um mandato que se prevê, no mínimo, intenso e desafiador, uma vez que será marcado pela oficialização da saída do Reino Unido da UE (‘Brexit’), agendada atualmente para 31 de janeiro de 2020, pelo arranque das negociações pós-‘Brexit’ e pela apetência dos países dos Balcãs Ocidentais pelo bloco comunitário.

Entre as metas europeias da Croácia está a entrada no espaço europeu de livre circulação (espaço Schengen), que já recebeu a luz verde da Comissão Europeia em outubro passado, e a adesão à moeda única europeia (euro).

Cerca de 3,85 milhões de eleitores croatas estão registados para votar, com as assembleias de voto a abrirem às 06:00 e a encerrarem às 18:00 (a mesma hora em Lisboa).

A Ucrânia não ficará sozinha

Zelensky vê na integração na UE uma espécie de garantia de segurança, ainda que não compense a não entrada na NATO. É possível sonhar com um cessar-fogo capaz de evitar uma futura terceira invasão russa da Ucrânia (agora para Odessa e talvez Kiev, rumo às paredes da frente Leste da UE)? Nunca num cenário de concessão do resto do Donbass. O invadido a oferecer, pela negociação, ao invasor o que este não foi capaz de conquistar no terreno? Não pode ser. Aberração diplomática que o fraco mediador Trump tenta impor aos ucranianos.