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Covid-19: Polónia determina uso de máscara obrigatório em espaços públicos

Aumento recorde no contágio do novo coronavírus levou primeiro-ministro polaco a descrever o país como "zona amarela" e que é necessário combater a segunda onda da Covid-19 com "firmeza".

O uso de máscaras em espaços públicos será obrigatório em toda a Polónia a partir de sábado, devido a um aumento recorde no contágio do novo coronavírus, anunciou hoje o primeiro-ministro polaco.

"A segunda onda chegou à nossa casa e devemos enfrentá-la com firmeza", disse Mateusz Morawiecki aos jornalistas.

O primeiro-ministro polaco explicou que o país inteiro, de 38 milhões de habitantes, seria agora considerado uma "zona amarela".

A Polónia registou hoje 4.280 contaminações pelo novo coronavírus e 76 mortes por covid-19, elevando os números gerais deste país para 111.599 casos positivos e 2.867 óbitos.

"Temos mais 30% de contágios do que no dia anterior, o que significa que, segundo essa dinâmica, o número de contaminações corre o risco de dobrar a cada três dias", declarou Mateusz Morawiecki.

O primeiro-ministro sublinhou que, "neste momento, não há necessidade de fazer um confinamento na Polónia, como na primavera".

A Polónia tem uma reserva de "cerca de 500 ventiladores" e, nacionalmente, 60% das camas direcionadas para pacientes com covid-19 ainda estão disponíveis, acrescentou Morawiecki, apesar de relatos dos meios de comunicação locais citarem a falta de camas.

A partir de sábado, 38 municípios também serão considerados zonas vermelhas, onde restrições mais rígidas se aplicam a reuniões públicas e familiares.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de um milhão e cinquenta e sete mil mortos e mais de 36,2 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 2.050 pessoas dos 82.534 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.

Urbanista

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