No sábado, foi a vez do vice-presidente norte-americano, Mike Pence, avançar que o porta-aviões Carl Vinson chega "dentro de alguns dias" ao mar do Japão, quando são insistentes os rumores sobre um possível sexto ensaio nuclear norte-coreano.
Pyongyang, que sonha construir um míssil capaz de atingir o continente americano, tem multiplicado nos últimos tempos as declarações incendiárias e realizou dois ensaios de mísseis desde o início do mês Abril.
Numa série de editoriais, o jornalRodong Sinmun, porta-voz do partido único no poder, explica que as forças norte-coreanas não estão impressionadas com a chegada iminente do porta-aviões norte-americano que constitui "uma chantagem militar sem disfarces".As forças norte-coreanas acreditam estar prontas para "afundar o porta-aviões nuclear norte-americano com um único ataque", como se podia ler na edição deste domingo.
Ositede propaganda Uriminzokkiri considera que o envio do Carl Vinson é uma declaração de guerra. "É a prova de que uma invasão da Coreia do Norte fica mais próxima todos os dias", referiu.
Num editorial apresentado como tendo sido escrito por um oficial do exército, a referida publicação alerta Washington para não confundir a Coreia do Norte com a Síria, que não lançou um "contra-ataque imediato" após um ataque dos Estados Unidos a uma base aérea no início do mês. Em caso de ataque à Coreia do Norte, "o mundo verá como os porta-aviões inconscientes de Washington são reduzidos a pedaços de aço e como um país chamado América é varrido da face da Terra", adianta.
Pence, que terminou uma viagem à região, declarou, como outros responsáveis norte-americanos, que face às ambições nucleares norte-coreanas "todas as opções estão sobre a mesa", incluindo a militar.