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Conselho de Segurança reúne-se de urgência para debater violência em Gaza

30 de março de 2018 às 22:05
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O saldo de 15 mortos torna o dia de hoje o mais sangrento em Gaza desde a guerra de 2014 entre Israel e o Hamas. Confrontos ao longo da vedação provocaram pelo menos 750 feridos

O Conselho de Segurança das Nações Unidas deve reunir-se de urgência esta sexta-feira à noite para discutir a violência na Faixa de Gaza, onde o exército israelita matou pelo menos 15 palestinianos, disseram fonte diplomáticas. A reunião, convocada a pedido do Kuwait, deve realizar-se a partir das 22h30 GMT (23h30 em Portugal), disse fonte diplomática citada pela agência de notícias France Press.

A luta entre milhares de palestinianos na fronteira e os soldados israelitas degenerou em confrontos com consequências das mais gravosas dos últimos anos. Dezenas de milhares de palestinianos, incluindo mulheres e crianças, convergiram para a barreira fronteiriça que separa a Faixa de Gaza de Israel, no âmbito da "grande marcha de regresso", e envolveram-se em confrontos com os soldados israelitas.

O movimento de protesto, organizado pelo Hamas (movimento fundamentalista islâmico da Palestina) deve durar seis semanas e destina-se a exigir o "direito de retorno" dos refugiados palestinianos e denunciar o estrito bloqueio de Gaza.

O saldo de 15 mortos torna o dia de hoje o mais sangrento em Gaza desde a guerra de 2014 entre Israel e o Hamas. Os confrontos ao longo da vedação provocaram pelo menos 750 feridos, disse o Ministério da Saúde da Palestina, citado pela Agência Associated Press.

Milhares de pessoas, cerca de 17 mil segundo algumas agências internacionais e 30.000 segundo outras, concentraram-se junto de vários pontos da fronteira de Gaza com Israel. O movimento radical palestiniano controla a faixa de Gaza, enclave palestiniano sob bloqueio israelita e egípcio, desde 2007.

As forças israelitas, que também destacaram blindados para a zona fronteiriça, utilizaram munições reais contra os manifestantes que tentavam ultrapassar as barreiras de segurança.

O exército israelita afirmou que utilizou balas reais depois de os manifestantes palestinianos, situados junto à zona fronteiriça, terem lançado pedras e bombas incendiárias em direcção aos soldados israelitas.

O exército informou também que atacou três posições do Hamas, com tanques e aviões, na sequência dos ataques contra a fronteira, que incluíram disparos do lado palestiniano por parte de duas pessoas, que foram mortas.

Uma porta-voz do Exército israelita, citado pela agência Efe, disse que os suspeitos "se aproximaram da cerca de segurança e dispararam contra as tropas do Exército" e que, como resposta, os soldados dispararam "contra os terroristas" e também contra "três posições perto do Hamas".

Israel não reportou vítimas nem danos materiais.

A Ucrânia não ficará sozinha

Zelensky vê na integração na UE uma espécie de garantia de segurança, ainda que não compense a não entrada na NATO. É possível sonhar com um cessar-fogo capaz de evitar uma futura terceira invasão russa da Ucrânia (agora para Odessa e talvez Kiev, rumo às paredes da frente Leste da UE)? Nunca num cenário de concessão do resto do Donbass. O invadido a oferecer, pela negociação, ao invasor o que este não foi capaz de conquistar no terreno? Não pode ser. Aberração diplomática que o fraco mediador Trump tenta impor aos ucranianos.