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Combate à pirataria no Golfo da Guiné envolve militares portugueses

31 de março de 2018 às 22:24
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A tripulação do avião militar de vigilância marítima P-3C CUP+, da Força Aérea, que se encontrava em missão no Golfo da Guiné, esteve em duas operações contra a pirataria, em 22 e 27 de Março.

Militares portugueses estiveram recentemente envolvidos no combate à pirataria no Golfo da Guiné com uma aeronave a fazer a vigilância da costa e um navio a participar no maior exercício internacional na região, foi divulgado este sábado.

A tripulação do avião militar de vigilância marítima P-3C CUP+, da Força Aérea, que se encontrava em missão no Golfo da Guiné, esteve em duas operações contra a pirataria, em 22 e 27 de Março, após um pedido das autoridades da Nigéria, do Benim, do Togo e do Gana.

Em 22 de Março, os militares portugueses confirmaram um acto de pirataria a cerca de 80 quilómetros da costa da Nigéria, que acabou, depois de encaminhados os meios navais para o local, com a libertação de dois sequestrados, o comandante da embarcação e o engenheiro de máquinas, refere o Estado-Maior-General das Forças Armadas no seu portal.

Na terça-feira, a mesma aeronave detectou um pesqueiro suspeito, "supostamente pirateado por nigerianos", com cinco reféns a bordo (três coreanos, um ganense e um grego). A embarcação foi interceptada pela Marinha do Gana, que a encaminhou depois para o porto de Acra (Gana).

O navio Bérrio participou no maior exercício internacional do Golfo da Guiné, o "OBANGAME EXPRESS 18", que, de acordo com um comunicado da Marinha portuguesa, visa treinar a operacionalidade entre os países africanos, europeus e americanos no combate à pirataria, ao narcotráfico e à pesca e migração ilegais.

No exercício, a tripulação da embarcação militar portuguesa efectuou "treinos em cenários fictícios de narcotráfico e pirataria".

Segundo dados da Organização Marítima Internacional e da União Europeia, citados pelo Estado-Maior-General das Forças Armadas, em 2017 o Golfo da Guiné ocupou a segunda posição na lista das regiões marítimas do mundo mais afectadas por pirataria e roubo armado.

Desde 1 de Janeiro de 2018, ocorreram 41 ataques a navios (incluindo 29 ao largo da Nigéria), que resultaram em 56 reféns.

Nos primeiros três meses do corrente ano, o número de ataques triplicou face ao período homólogo de 2017 (que totalizou 13 ataques) e o de reféns quase que quadruplicou (em 2017 foram 15 reféns).

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O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.