Movimento perdeu força mas este fim de semana, quando se completa um ano desde a primeira manifestação, as redes sociais foram o canal usado por mais de 6 mil pessoas, que confirmaram presença em diferentes manifestações.
O lusodescendente Jerome Rodrigues, uma das principais figuras do movimento dos "coletes amarelos", garante à Lusa que no sábado, dia de mobilização nacional, "se vão passar muitas coisas em Paris".
Na véspera de se completar um ano de intensas e, na maior parte das vezes, violentas ações de protesto paralelamente às marchas dos "coletes amarelos" quer em Paris quer noutras cidades francesas, não é ainda público que locais serão abrangidos este fim de semana pelos ativistas.
De concreto sabe-se apenas que milhares de "coletes amarelos" confirmaram a sua presença em Paris, através dos canais criados nas redes sociais.
"Não posso falar do que se vai passar, mas vão-se passar muitas coisas", disse à Lusa Jerome Rodrigues, que perdeu um olho numa anterior manifestação dos "coletes amarelos".
Apesar de terem mantido uma presença contínua todos os sábados na capital francesa, o movimento perdeu força e reúne apenas poucas dezenas de pessoas, mas este fim de semana, quando se completa um ano desde a primeira manifestação, as redes sociais foram o canal usado por mais de 6 mil pessoas, que confirmaram presença em diferentes manifestações, no sábado e no domingo.
Desde logo, há um novo apelo a um protesto nos Campos Elísios - um trajeto fora de causa já que as manifestações continuam a ser proibidas em diferentes áreas, incluindo este ponto emblemático para o movimento -, mas também um protesto autorizado na margem esquerda do Sena e até um apelo ao bloqueio da estrada periférica à volta da capital francesa.
No entanto, como Jerome Rodrigues explicou à Lusa, estas podem não ser as únicas movimentações.
O "colete amarelo" lusodescendente, que participa em vários grupos em diversas redes sociais onde estão a ser combinados os protestos, diz que a "estratégia" para este fim de semana é não dar muitos detalhes sobre o que vai acontecer.
A opinião pública, segundo uma sondagem divulgada pelo canal de televisão BFMTV, ainda apoia maioritariamente o movimento, com 55% dos inquiridos a darem esta opinião, mas 63% considera que os "coletes amarelos" não devem voltar às ruas.
Tal como os manifestantes, também as autoridades ainda não desvendaram todas as medidas de segurança na cidade, publicando apenas que para além da interdição dos Campos Elísios, também na Assembleia Nacional, no Hotel Matignon (residência do primeiro-ministro), na zona à volta da Torre Eiffel ou na Notre Dame as manifestações estão proibidas.
Várias estações de metro e de comboio estarão fechadas.
"Coletes amarelos" dizem que no sábado "se vão passar muitas coisas" em Paris
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O regresso de Ventura ao modo agressivo não é um episódio. É pensado e planeado e é o trilho de sobrevivência e eventual crescimento numa travessia que pode ser mais longa do que o antecipado. E que o desejado. Por isso, vai invocar muitos salazares até lá.
O espaço lusófono não se pode resignar a ver uma das suas democracias ser corroída perante a total desatenção da opinião pública e inação da classe política.