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Chefe dos Mossos d'Esquadra sai em liberdade

16 de outubro de 2017 às 18:15
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Ainda assim, a juíza decretou que Josep Lluís Trapero não pode sair de Espanha.

O chefe dos Mossos d'Esquadra, o major Josep Lluís Trapero, terá de se apresentar a cada 15 dias na esquadra mais próxima da sua residência, foi obrigado a entregar o seu passaporte e está impedido de sair de Espanha. De acordo com o El País, esta foi a sentença da juíza Carmen Lamela da Audiência Nacional. 

Lembre-se que o Ministério Público da Audiência Nacional - uma instância especial da justiça espanhola - pediu a prisão sem direito a fiança para Trapero pela inação no referendo de independência da Catalunha, a 1 de Outubro, que foi considerado ilegal pelo Tribunal Constitucional. 

Caso não cumpra estas medidas, a juíza pode ordenar o "agravamento das mesmas", explica o referido jornal. 

Segundo a juíza, há elementos que vinculam Trapero com a estratégia para a ruptura da Catalunha com Espanha. 

Antes do líder da polícia regional, a juíza Lamela já tinha deixado sair em liberdade a intendente da polícia regional da Catalunha, Teresa Laplana, com as mesmas condições: apresentações quinzenais obrigatórias, entrega do passaporte e proibição de sair de Espanha. No caso da intendente Teresa Laplana, o Ministério Público tinha pedido prisão com fiança de 400 mil euros.

A juíza ainda terá de emitir hoje decisões sobre os presidentes das associações independentistas Asamblea Nacional Catalana (ANC), Jordi Sánchez, e Òmnium Cultural, Jordi Cuixart, ambos investigados por sedição, um delito que pode acarretar uma pena entre 8 e 15 anos de prisão. A ANC e a Òmnium Cultural são acusadas de terem sido fundamentais na operacionalização do referendo, tanto na organização prévia como no próprio dia da votação.

O processo independentista da Catalunha entrou num novo momento crítico na sequência da realização, a 1 de Outubro, de um referendo pela soberania na região, considerado ilegal pela justiça espanhola. Na consulta - organizada pelo governo regional e dirigido apenas aos catalães, o que contraria a Constituição - o "sim" ganhou com 90% dos votos, mas os resultados não foram certificados por entidades independentes.

A votação ficou marcada por cargas policiais da Guardia Civil e da Polícia Nacional espanhola, que visavam impedir o referendo, uma vez que a grande maioria dos agentes da polícia regional catalã, os Mossos d'Esquadra, não cumpriu uma ordem nesse sentido do Tribunal Superior de Justiça da Catalunha.

Foram apresentadas várias queixas contra os Mossos d'Esquadra, considerando que a polícia regional agiu como "polícia política" a mando da Generalitat (governo regional), que defendia não só a realização do referendo ilegal como a resposta "sim" no mesmo.

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