Presidente do Brasil prevê atuação das Forças Armadas brasileiras em "áreas de fronteira, terras indígenas e unidades de conservação ambiental".
O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, autorizou esta sexta-feirao uso dos militares para combater os fogo que têm assolado a floresta da Amazónia. Através de um decreto dirigido às Forças Armadas do país, o chefe de Estado prevê a ajuda militar no combate às chamas até 24 de setembro.
A diretiva foi primeira anunciada pelo governador do estado amazónico de Roraima e, posteriormente,publicada no Diário Oficial da União, o meio oficial da presidência brasileira.
A mesma indica que militares poderão atuar em "áreas de fronteira, terras indígenas e unidades de conservação ambiental e em outras áreas da Amazónia".
A Amazónia é a maior floresta tropical do mundo e possui a maior biodiversidade registada numa área do planeta.
O número de incêndios no Brasil aumentou 83% este ano, em comparação com o período homólogo de 2018, com 72.953 focos registados até 19 de agosto, sendo a Amazónia a região mais afetada.
Costa solidário e o acordo de livre comércio entre UE e Mercosul
À margem da visita à Fatacil, em Lagoa, no Algarve, o primeiro-ministro aproveitou para manifestar solidariedade para com o povo brasileiro pela "situação dramática" que está a enfrentar com os incêndios na Amazónia, frisando que o Brasil precisa de apoio e não de sanções da Europa.
"Quero expressar a nossa total solidariedade para com o povo brasileiro pela situação dramática que se está a viver e acho que devemos disponibilizar todo o apoio que o Brasil acha que necessita para enfrentar esta situação que, obviamente, nos tem de preocupar a todos", disse António Costa.
O primeiro-ministro português defendeu que não se deve confundir a situação atual do Brasil com o acordo de livre comércio entre a União Europeia (UE) e o Mercosul.
"Não devemos confundir o drama que está a ser vivido neste momento na Amazónia com aquilo que é um acordo comercial, muito importante, e que levou mais de 20 anos a ser negociado", sublinhou António Costa.
O chefe do Governo considerou o acordo com o Mercosul "muito importante para a economia portuguesa e não deve ser utilizado pelos países que sempre se opuseram à sua assinatura".
"A existência de uma grande parceria entre a Europa e o Mercosul é da maior importância para a Europa, para o conjunto da América Latina e da economia mundial", prosseguiu António Costa.
O primeiro-ministro afirmou que o Brasil precisa "é de solidariedade, não precisa de sanções", embora "tenha de ter a compreensão de que a Amazónia, sendo um património seu, é um património comum a toda a humanidade".
"O que precisamos é que haja intervenção para ajudar a salvar a Amazónia, não é aumentar o número de problemas que já existem nas relações entre a Europa e o Brasil", defendeu.
Para o chefe do executivo, sendo a Amazónia um dos maiores pulmões do mundo, "o que lá acontece é algo que diz respeito a todos os cidadãos em todo o mundo, é um problema global".
"A Amazónia é um pulmão global, fundamental para o equilíbrio do ecossistema à escala global, a sua proteção é essencial e o acordo político assinado com o Mercosul prevê, precisamente, uma cláusula de proteção ambiental da maior importância e esses são os padrões pelos quais nos temos de debater", referiu.
O primeiro-ministro acrescentou que a pretexto da situação que se vive atualmente no Brasil "não se devem criar pretextos para retardar o acordo com o Mercosul ou encontrar aqui um novo tema de confrontação, porque não seria o caminho correto, nem útil para resolver o problema".
O acordo de livre comércio entre a União Europeia e o Mercado Comum do Sul (Mercosul), integrado pelo Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, foi fechado em 28 de junho.
O pacto abrange um universo de 740 milhões de consumidores, que representam um quarto da riqueza mundial.
Hoje, o Presidente de França, Emmanuel Macron, acusou o seu homólogo brasileiro, Jair Bolsonaro, de mentir em matéria de compromissos ambientais e anunciou que, nestas condições, a França vai votar contra o acordo de comércio livre da UE com o Mercosul.
Bolsonaro autoriza uso de militares para combater fogos na Amazónia
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