Sábado – Pense por si

Bissau na rota do terrorismo

Nuno Tiago Pinto
Nuno Tiago Pinto 21 de dezembro de 2015 às 08:00

Um relatório dos serviços secretos guineenses diz que o país pode tornar-se um refúgio de radicais islâmicos da Al -Qaeda e do Boko Haram

Ao longo dos últimos anos, a Guiné Bissau tornou-se célebre por dois motivos: pelos sucessivos golpes militares e por se ter transformado num "narco-estado". No entanto, a situação pode não ficar por aqui. De acordo com um relatório dos Serviços de Informações de Segurança (SIS) da Guiné -Bissau, a que a SÁBADO teve acesso, a vulnerabilidade do país e a fragilidade das estruturas estatais abriram a porta à "proliferação desenfreada de seitas muçulmanas", à "construção descontrolada" de mesquitas e, mais importante, tornaram o país um ponto de "refúgio" para terroristas internacionais que operam na região, como é o caso dos radicais islâmicos ligados ao Boko Haram, ao Movimento para a Unidade e Jihad na África Ocidental (MUJAO) e à Al -Qaeda do Magrebe Islâmico (AQMI) – que na passada sexta-feira realizaram um atentado que matou 19 pessoas no hotel Radisson, em Bamako, capital do Mali.

Para continuar a ler
Já tem conta? Faça login

Assinatura Digital SÁBADO GRÁTIS
durante 2 anos, para jovens dos 15 aos 18 anos.

Saber Mais
Urbanista

A repressão nunca é sustentável

Talvez não a 3.ª Guerra Mundial como a história nos conta, mas uma guerra diferente. Medo e destruição ainda existem, mas a mobilização total deu lugar a batalhas invisíveis: ciberataques, desinformação e controlo das redes.