Sábado – Pense por si

Benoît Hamon apela à união para vencer presidenciais

Hamon não está disposto a "entregar cabeças" para conseguir o apoio dos ecologistas e de outros partidos de esquerda

O candidato dos socialistas às eleições presidenciais francesas, Benoît Hamon, disse hoje que "não é um homem providencial", nem quer sê-lo, mas espera uma união em torno do seu projecto que leve a "desmentir todos os prognósticos".

"Proponho uma eleição consciente a favor de uma opção política", afirmou o vencedor das primárias socialistas em França realizadas em Janeiro, deixando claro que não está disposto a "entregar cabeças" para conseguir o apoio dos ecologistas e de outros partidos de esquerda.

Na sua primeira grande intervenção da campanha às presidenciais francesas de abril e maio, o antigo líder dos dissidentes socialistas quis virar a página e concentrar-se no futuro.

Benoît Hamon adiantou que não tenciona articular a sua campanha em torno do balanço de François Hollande, apesar de reconhecer algumas medidas do actual Presidente francês, nomeadamente a segurança e outras de carácter social, como a autorização do casamento de pessoas do mesmo sexo.

O candidato, que se define como o representante de uma esquerda combativa e de futuro, destacou também algumas das medidas mais emblemáticas, como a aplicação de uma renda básica universal, que vai atingir inicialmente os jovens entre os 18 e os 25 anos.

Benoît Hamon centrou igualmente o seu discurso na Europa, sublinhando que espera um novo tratado orçamental, além de ter defendido uma política virada para o meio ambiente, qualidade de vida dos cidadãos e uma maior participação na vida política.

Na sua intervenção, o candidato admitiu que enfrenta a tarefa de unir a sua própria família política, obter o apoio de outros partidos de esquerda e "levar ao poder" no próximo mês de maio essa "maioria social".

As 10 lições de Zaluzhny (I)

O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.