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Barragem da Vale em risco de rotura iminente no estado de Minas Gerais

23 de março de 2019 às 19:15
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Gigante brasileira do setor mineiro anunciou que uma das suas barragens está em risco iminente de rotura e que a população já recebeu ordens para abandonar a zona.

A gigante brasileira do setor mineiro Vale anunciou este sábado que uma das suas barragens, no estado de Minas Gerais, está em risco iminente de rotura e que a população já recebeu ordens para abandonar a zona.

Na sexta-feira, a empresa elevou o nível de risco da barragem de resíduos de mineração da cidade de Barão de Cocais para três, o mais alto.

De acordo com a secretaria brasileira de Minas e Energia, o nível três significa que a rotura está "iminente ou em curso".

As autoridades daquele estado já tinham dado ordem à população para sair em fevereiro, quando a Vale elevou o nível de risco para dois, segundo a porta-voz da empresa Cinthia Saito.

A mesma responsável disse que não sabia quantas pessoas cumpriram a ordem.

O coronel Flávio Godinho, do departamento estatal de defesa civil, declarou aos jornalistas que as autoridades estão a estudar a estrutura da Barão de Cocais para rever o plano de contingência e que "qualquer atividade poderia desencadear a rotura".

A notícia surge cerca de dois meses depois de uma outra barragem da Vale, na cidade vizinha de Brumadinho ter colapsado, libertando uma onde de lama tóxica que contaminou os rios e terão provocado a morte de cerca de 300 pessoas.

O tipo de estrutura usado para conter os resíduos mineiros em Brumadinho era idêntico ao de Barão de Cocais, que fica a 150 quilómetros de distância.

As autoridades federais proibiram este tipo de construção no mês passado e deram 90 dias às empresas para apresentarem planos de substituição das barragens num prazo de três anos.

A Vale afirmou, num comunicado, que já estava a substituir dez barragens.

Editorial

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Esta ignorância velha e arrastada é o estado a que chegámos, mas agora encontrou um escape. É preciso que a concorrência comece a saber mais qualquer coisa, ou acabamos todos cidadãos perdidos num qualquer festival de hambúrgueres