A polícia está a investigar a namorada do atirador e o que esta pode saber sobre o ataque num concerto de músicacountry. Marilou Danley, de 62 anos, voltou aos Estados Unidos, vinda das Filipinas, na terça-feira à noite e foi abordada por agentes do FBI (Departamento Federal de Investigação).
As autoridades estão a tentar perceber porque é que Stephen Paddock matou pelo menos 59 pessoas, naquele que foi o mais mortal tiroteio da história dos Estados Unidos.
O xerife Joseph Lombardo disse estar "absolutamente" confiante em que vão conseguir perceber o que motivou Paddock, de 64 anos, contabilista reformado, que se matou quando a polícia entrou no seu quarto de hotel, no 32.º andar.
Paddock transferiu 100 mil dólares para as Filipinas nos dias antes do tiroteio, disse à agência Associated Press um dirigente norte-americano, sob condição de anonimato.
Os investigadores continuam a tentar localizar o dinheiro e estão a analisar pelo menos uma dúzia de relatórios financeiros das últimas semanas, que indicam que Paddock apostava mais de 10 mil dólares por dia.
As câmaras que Paddock colocou no hotel Mandalay Bay faziam parte do seu extenso plano de preparação, que incluiu o armazenamento de quase duas dúzias de armas no quarto, antes de abrir fogo sobre o concerto. As câmaras estavam instaladas no visor da porta do quarto e no carrinho de serviço de quartos, parado no corredor.
Além das câmaras, os investigadores encontraram no quarto de hotel um computador, 23 armas e um dispositivo que permite que uma espingarda dispare continuamente, como uma arma automática. Outras 19 armas foram encontradas na casa de Paddock em Mesquite e sete na casa de Reno.
Mais de 500 pessoas ficaram feridas no massacre, algumas atingidas por tiros, outras feridas ao tentarem escapar entre o caos. Pelo menos 45 pessoas, em dois hospitais, permanecem em estado crítico.
Sobre o que poderá ter motivado Paddock, o agente reformado do FBI Jim Clemente, especializado em perfis, afirmou que pode ter surgido "algum tipo de gatilho na sua vida - uma grande perda, o fim de uma relação, ou talvez tenha descoberto que tinha uma doença terminal".
Clemente considera ser necessário realizar uma "autópsia psicológica" para desvendar o motivo. Se o suicídio não tiver destruído o cérebro do atacante, os especialistas poderão mesmo encontrar algum tipo de desordem neurológica.