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AR-15: A arma favorita nos massacres norte-americanos

Maria Henrique Espada
Maria Henrique Espada 07 de abril de 2018 às 20:00

Como uma arma semiautomática se tornou a mais popular da América e está na maioria dos tiroteios em massa. E como isso só lhe reforça a popularidade.

No dia 14, quarta-feira, Nikolas Cruz, de 19 anos, entrou na escola secundária Marjory Stoneman Douglas, em Parkland, de onde tinha sido expulso em 2017, e matou 17 pessoas, entre alunos e professores. Usou uma espingarda semiautomática AR-15. Três dias depois, em Miami, a capital do estado, a menos de uma hora de carro de Parkland, arrancou a megafeira de armas Florida Gun Show. Os adultos pagavam 13 dólares de entrada, cerca de 10 euros, para as crianças até aos 12 anos era grátis. Havia 600 bancas com armas automáticas e semiautomáticas, munições,tasers, coletes à prova de bala, carregadores e facas e o mais que se possa querer: se existe, vende-se ali. À entrada, havia uma mensagem da organização: "Queremos homenagear a cidade de Parkland, especialmente os alunos e os professores, que foram mortos sem sentido. Não pretendemos ofender ninguém com este evento, planeado durante muito tempo." Houve críticas, mas a organização justificou todo o investimento já feito para manter a exposição. E o grande sucesso da feira, a arma mais falada, mais comentada e provavelmente mais comprada - embora não exista confirmação para isso sobre esta feira em concreto -, chama-se AR-15. Essa mesma, a que Cruz usou.

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