Sábado – Pense por si

Amnistia pede a presidente filipino que respeite direitos humano

03 de setembro de 2016 às 08:50
As mais lidas

"O recurso a homicídios, detenções arbitrárias e outras violações dos direitos humanos apenas vai beneficiar aqueles que procuram um ciclo crescente de violência e abusos", lê-se em comunicado da AI

A Amnistia Internacional (AI) instou hoje o Presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, a respeitar os direitos humanos na resposta ao atentado na sexta-feira num mercado na cidade de Davao, que causou 14 mortos e 67 feridos.

"A total indiferença demonstrada pelos atacantes pelo direito à vida não deve respondida com uma ação governamental que não tenha em conta os direitos humanos", indica em comunicado Champa Patel, investigador para a região do sudeste asiático e Pacífico da AI.

"O recurso a homicídios, detenções arbitrárias e outras violações dos direitos humanos apenas vai beneficiar aqueles que procuram um ciclo crescente de violência e abusos", acrescentou Patel.

Rodrigo Duterte iniciou após tomar posse, a 30 de junho, uma guerra total contra as drogas que já causou mais de 2.500 mortos, metade por grupos de vigilantes civis.

A ONU e organizações de direitos humanos como a AI criticaram duramente esta campanha.

O Presidente das Filipinas declarou hoje o "estado de anarquia" no país, após o atentado à bomba.

Segundo o chefe de Estado, a medida implica um aumento da presença de militares e de polícias em todo o país para combater a ameaça terrorista.

Urbanista

A repressão nunca é sustentável

Talvez não a 3.ª Guerra Mundial como a história nos conta, mas uma guerra diferente. Medo e destruição ainda existem, mas a mobilização total deu lugar a batalhas invisíveis: ciberataques, desinformação e controlo das redes.