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Singapura interdita modelos do avião Boeing 737 MAX no seu espaço aéreo

12 de março de 2019 às 07:59
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A queda de um Boeing 737-8 Max da Ethiopian Airlines no domingo, após um acidente semelhante com um avião da Lion Air na Indonésia, levou vários países e companhias a suspenderem os voos com estes aparelhos.

O regulador da aviação civil deSingapuradecidiu esta terça-feira proibir os aviões sde sobrevoarem o território, após um acidente naEtiópiaque envolveu um modelo daquela aeronave e que causou 157 mortos.

A autoridade de aviação civil de Singapura anunciou a "suspenção temporária" a partir das 14h00 (06h00 em Lisboa) "das operações de todas as variantes do aviãoBoeing 737 MAXde e para Singapura, à luz de dois acidentes fatais envolvendo 737 MAX em menos de cinco meses", indicou, em comunicado.

A queda de um Boeing 737-8 Max da Ethiopian Airlines no domingo, após um acidente semelhante com um avião da Lion Air na Indonésia, levou vários países e companhias a suspenderem os voos com estes aparelhos.Porém, a maior parte das companhias aéreas continua a explorar os Boeing 737 Max 8.

A autoridade de aviação civil chinesa solicitou às companhias da China que suspendessem os voos do Boeing 737 Max 8 até à confirmação das autoridades norte-americanas e da Boeing "das medidas tomadas para garantir efetivamente a segurança dos voos".

Também a Indonésia, cuja companhia Lion Air perdeu um Boeing 737 MAX em 29 de outubro de 2018, com 189 pessoas a bordo, decidiu proibir os aviões desse modelo de voar no país.

A companhia aérea brasileira GOL suspendeu temporariamente o uso dos sete aviões Boeing 737 MAX 8, utilizados em voos internacionais de longo curso.

Na Etiópia, após o trágico acidente do voo ET302, no domingo, a Ethiopian Airlines decidiu imobilizar toda a frota de Boeing 737 MAX "até novo aviso".

A companhia de baixo custo Norwegian, que explora 18 aviões, manteve os voos, assegurando que cumprem as instruções e recomendações do construtor e das autoridades de aviação civil.

Também a italiana Air Italy, com três aviões daquele modelo, assegurou que está "em total conformidade com as instruções dos reguladores relativamente aos procedimentos operacionais dos construtores" e que "seguirá todas as diretrizes" indicadas.

A companhia islandesa Icelandair continua igualmente a explorar os três aviões.

A companhia russa S7 Airlines, que dispõe de dois aviões, afirmou seguir "atentamente a investigação em curso, mantendo-se em contacto constante com o fabricante".

Nos Estados Unidos, a Southwest (31 aviões), a American Airlines (24), e no Canadá, a Air Canada (24 aviões) e a Westjet (13) continuam a fazer voar os aparelhos Boeing 737 MAX 8.

Por outro lado, os Estados Unidos vão obrigar a empresa Boeing a fazer modificações no 'software' e sistema de controlo dos modelos de aviões 737 MAX 8 e 737 MAX 9.

A ordem dada ao fabricante de aviões norte-americano pela Agência Federal de Aviação norte-americana terá de ser cumprida "até abril, o mais tardar", foi anunciado também na segunda-feira.

As duas "caixas negras" do Boeing 737 MAX 8 da Ethiopian Airlines foram encontradas na segunda-feira, anunciou a companhia aérea da Etiópia.

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