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Ucrânia aceita proposta dos EUA de cessar-fogo de 30 dias

Sofia Parissi 11 de março de 2025 às 18:18

As conversações entre os dois países aconteceram após Kiev ter lançado um dos maiores ataques com drones contra Moscovo e depois de ter falhado a assinatura do acordo entre EUA e Ucrânia sobre as terras raras.

Altos funcionários ucranianos e norte-americanos reuniram à porta-fechada, esta terça-feira, em Jeddah, naArábia Saudita. Depois de nove horas de conversações, Kiev aceitou a proposta de cessar-fogo de 30 dias e os EUA levantaram a suspensão da ajuda militar e voltam a partilhar informações secretas, indica o comunicado conjunto emitido pelas duas partes e citado pela Reuters. O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, referiu no final do encontro que "a bola está agora do lado da Rússia".

REUTERS/Valentyn Ogirenko

O encontro, com vista ao fim da guerra com a Rússia, aconteceu depois de Kiev ter lançado o maior ataque de drones contra a Rússia na noite passada, conforme noticiou a agência Reuters.

Antes da reunião, Marco Rubio informou que esta seria importante para avaliar se a Ucrânia estava disposta a fazer concessões, com vista à paz. De acordo com a Reuters, três horas mais tarde, Mike Waltz, o conselheiro de segurança nacional dos EUA, saiu para uma pausa e informou: "Estamos a chegar lá".

Andriy Yermak, chefe de gabinete de Volodymyr Zelensky, disse que a reunião teve início "de forma muito construtiva".

Ao mesmo tempo, no campo de batalha, a Ucrânia tinha acabado de lançar o maior ataque com drones contra Moscovo. A ofensiva envolveu 337 drones e resultou na morte de pelo menos três funcionários de um armazém de carne. As autoridades ucranianas informaram que o ataque atingiu uma refinaria de petróleo perto de Moscovo.

No fim de semana passada, a Rússia anunciou avanços na região de Kursk, invadida pela Ucrânia em agosto. Segundo o Ministério da Defesa russo, o país terá reconquistado uma dúzia de localidades.

O presidente ucraniano esteve reunido com o presidente dos EUA no mês passado, num encontro polémico que terminou sem o acordo previsto. Posteriormente, Donald Trump decidiu suspender a ajuda militar dos EUA à Ucrânia, assim como a partilha dos serviços de inteligência, vitais para a defesa de Kiev.

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