Trump desclassifica documentos sobre o assassinato de John F. Kennedy
Esta medida segue-se a uma ordem assinada por Donald Trump, ordenando a divulgação dos registos sobre a morte de JFK, do seu irmão Robert Kennedy e de Martin Luther King.
O presidente norte-americano, Donald Trump, divulgou terça-feira documentos e material relacionado com a morte do presidente John F. Kennedy (JFK) em 1963, cumprindo uma das suas promessas de campanha e proporcionando mais transparência sobre o acontecimento que teve lugar no Texas.
Foram publicados mais de 80 mil documentos, depois de uma análise feita pelos advogados do Departamento de Justiça, que chegaram ao site dos arquivos nacionais norte-americanos ao final da tarde de terça-feira.
Os documentos oferecem uma visão do clima de medo que se sentia na época, nomeadamente em torno da relação dos EUA com a União Soviética, pouco depois da crise dos mísseis de Cuba em 1962 ter quase conduzido a uma guerra nuclear.
A maioria dos PDFs disponíveis refletem o trabalho feito pelos investigadores na buscar para saber mais sobre o tempo que o assassino, Lee Harvey Oswald, passou na União Soviética, e seguir os seus movimentos nos meses que antecederam o assassinato em Dallas a 22 de novembro de 1963.
Segundo a agência noticiosa Reuters, o secretário da saúde da administração Trump, Robert F. Kennedy Jr., filho de Robert Kennedy e sobrinho de JFK, disse acreditar que a Agência Central de Inteligência (CIA, sigla em inglês) esteve envolvida na morte do seu tio, uma alegação que a agência diz não ter fundamento.
Um dos documentos entitulado "secreto" relata uma entrevista realizada em 1964 por um investigador da Warren Commission, uma comissão criada pelo presidente Lyndon Johnsson para investigar o assassinato de Kennedy. O entrevistado foi Lee Wigren, um funcionário da CIA, e surgiram questões sobre inconsistências encontradas no material fornecido à comissão pelo Departamento de Estado e pela CIA sobre casamentos entre mulheres soviéticas e homens americanos. Na altura Oswald estava casado com uma mulher soviética.
Pouco depois de tomar posse, em janeiro, Trump assinou uma ordem relacionada com a divulgação de documentos secretos, o que levou o FBI a encontrar milhares de novos documentos relacionados com o assassinato de Kennedy em Dallas.
Trump também prometeu divulgar documentos sobre os assassinatos do líder dos direitos civis Martin Luther King Jr. e do senador e irmão de JFK, Robert Kennedy, ambos mortos em 1968.
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