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"Resistência não vai parar", garante líder supremo do Irão

Leonor Riso 04 de outubro de 2024 às 15:28

Ali Khamenei reagiu ao ataque ao provável sucessor do líder do Hezbollah e prometeu que se Israel retaliar, Teerão já sabe o que fará.

"A resistência na região não vai parar até com a morte dos seus líderes", prometeu esta sexta-feira o líder supremo do Irão, antes das orações da manhã em Teerão, ao segurar uma arma. Ali Khamenei reagiu assim ao ataque de Israel ao final da noite de quinta-feira a um bunker em Beirute, cujo alvo parece ter sido Hashem Saffieddine, o provável sucessor do líder do Hezbollah. 

Office of the Iranian Supreme Leader/WANA (West Asia News Agency)/Handout via REUTERS

O paradeiro de Hashem Saffieddine, primo de Hassan Nasrallah, ainda não foi revelado nem pelo exército israelita nem pelo Hezbollah. O irmão do suposto alvo do ataque, Abdallah Saffieddine, representa o Hezbollah no Irão e esteve a assistir ao discurso de Khamenei em Teerão. 

Na terça-feira, 1 de outubro, o Irão lançou mísseis contra Israel em retaliação pela morte do líder do Hezbollah. Telavive prometeu retaliar. Ali Khamenei considera que o ataque a Israel foi legal e legítimo. 

O Irão "não vai demorar nem atuar de forma irrefletida para cumprir o seu dever" de confrontar Israel, afirmou o líder iraniano, sem fazer uma ameaça direta a Israel ou aos Estados Unidos. 

Ali Fadavi, o vice-comandante da Guarda Revolucionária do Irão, também assegurou que caso Israel ataque, Teerão atingirá instalações de gás e energia. 

Esta sexta-feira, Israel atingiu uma estrada usada pela população libanesa para fugir em direção à Síria. O exército israelita também revelou que dois soldados morreram no norte do Líbano, e que matou 250 combatentes do Hezbollah desde o início da operação esta semana, além de comandantes e outras altas patentes. 

Irão diz que cessar-fogo deve ser simultâneo no Líbano e em Gaza

Abbas Araqchi, ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão, esteve em Beirute e encontrou-se com o primeiro-ministro em funções Najib Mikati, e com o porta-voz do parlamento Nabih Berri. O governo do Irão apoia um cessar-fogo no Líbano nas condições de ser apoiado pelo Hezbollah e ao mesmo tempo que um cessar-fogo na Faixa de Gaza. 

Os EUA, a União Europeia e outros aliados apelaram a um cessar-fogo de 21 dias entre Israel e o Líbano. 

Ao mesmo tempo, Israel defende que os bombardeamentos ao Líbano têm como objetivo permitir o retorno aos seus cidadãos que saíram do norte do país devido aos ataques do Hezbollah desde 7 de Outubro. 

No Líbano, mais de 1.2 milhões de pessoas foram deslocadas pelos ataques israelitas e quase 2 mil morreram em ataques israelitas este ano - a maioria, nas últimas duas semanas.

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