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Putin defende ofensiva militar na Ucrânia e culpa Ocidente em cimeira na China

Lusa 01 de setembro de 2025 às 09:14

Presidente russo discursava perante o presidente chinês, o primeiro-ministro indiano e o presidente iraniano.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, defendeu esta segunda-feira a ofensiva militar russa na Ucrânia, acusando o Ocidente de ter desencadeado o conflito, durante uma cimeira sobre segurança organizada no nordeste da China.
Putin, Modi e Xi Jinping reuniram-se na cimeira da China Suo Takekuma/Pool Photo via AP
“Esta crise não foi desencadeada pelo ataque da Rússia à Ucrânia. É o resultado de um golpe de Estado na Ucrânia, que foi apoiado e provocado pelo Ocidente”, afirmou Putin, durante a reunião da Organização de Cooperação de Xangai (SCO, na sigla em inglês). A declaração refere-se aos protestos pró-Ocidente do Maidan, que em 2014 forçaram a queda do então presidente ucraniano pró-russo, Viktor Yanukovych. Na sequência, Moscovo anexou a península da Crimeia e passou a apoiar grupos separatistas no leste da Ucrânia, desencadeando um conflito civil. “A segunda causa da crise são as constantes tentativas do Ocidente de atrair a Ucrânia para a NATO”, acrescentou o chefe de Estado russo. Putin discursou perante os seus principais aliados: o presidente chinês, Xi Jinping, o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, e o presidente iraniano, Masoud Pezeshkian. “Valorizamos profundamente os esforços e as propostas da China, da Índia e de outros parceiros estratégicos para contribuir para a resolução da crise ucraniana”, afirmou Putin. As propostas de paz entre Moscovo e Kiev têm fracassado, apesar dos apelos do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para a celebração de um acordo. Putin tem rejeitado um cessar-fogo, exigindo que a Ucrânia ceda mais território e renuncie ao apoio ocidental. Kiev recusou, considerando as exigências inaceitáveis. A SCO é apresentada por Pequim e Moscovo como um contraponto à NATO. No entanto, ao contrário da NATO, a SCO não possui cláusulas de defesa mútua e apresenta-se como uma plataforma de cooperação política, económica e em matéria de segurança. À margem da cimeira de Tianjin, Putin deverá reunir-se hoje com os Presidentes da Turquia e do Irão e com o primeiro-ministro da Índia. Xi Jinping e Putin deverão ter um encontro bilateral na terça-feira, em Pequim.
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