Secções
Entrar

Pompeo critica “atitude agressiva” de China e Rússia no Ártico

06 de maio de 2019 às 17:23

O secretário de Estado norte-americano anunciou novos objetivos dos EUA no Ártico para fazer face à "atitude agressiva" da China e da Rússia na região, rica em recursos naturais e oportunidades económicas.

O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, anunciou esta segunda-feira novos objetivos dos Estados Unidos no Ártico para fazer face à "atitude agressiva" da China e da Rússia na região, rica em recursos naturais e oportunidades económicas.

"O Ártico tornou-se um espaço de poder mundial e de concorrência, [mas] o facto de ser um local selvagem não quer dizer que deva tornar-se um lugar sem fé nem lei", declarou Pompeo num discurso sobre a política do seu país para o Ártico, proferido em Rovaniemi, no norte da Finlândia.

O chefe da diplomacia norte-americana atacou em particular a "atitude agressiva" de Pequim e Moscovo na região, imediatamente antes de uma reunião ministerial do Conselho do Ártico em Rovaniemi.

O Conselho do Ártico é uma organização de cooperação regional que agrupa oito Estados, entre os quais os Estados Unidos e a Rússia, mas não a China, que apenas dispõe de um estatuto de observadora.

"A atitude agressiva da China noutros lugares dá-nos uma ideia da maneira como ela tratará o Ártico", afirmou Pompeo.

"Queremos que o oceano Ártico se transforme num novo mar da China meridional, cheio de esforços de militarização e de reivindicações territoriais rivais?", interrogou-se o governante norte-americano, referindo-se aos objetivos expansionistas de Pequim no Sudeste Asiático a expensas dos seus vizinhos.

Pompeo condenou igualmente "as ações provocadoras" de uma Rússia cujo comportamento é também "agressivo", criticando nomeadamente Moscovo por militarizar a região.

"A Rússia já está a deixar na neve pegadas de botas", observou.

A Administração do Presidente Donald Trump vai agora dedicar-se a combater estes dois países, disse o secretário de Estado.

Os Estados Unidos "estão a realizar manobras militares, a reforçar a sua presença militar, a reconstruir a sua frota de navios quebra-gelo e a aumentar o financiamento das suas guardas-costeiras", sublinhou.

No plano diplomático, Washington "quer reforçar a sua presença em toda a região" e o "compromisso com os seus parceiros no Ártico", indicou ainda o chefe da diplomacia, prometendo um anúncio durante esta semana.

Segundo o site The Politico, poderá tratar-se de uma maior presença consular no território autónomo dinamarquês da Gronelândia, onde os Estados Unidos encerraram o seu consulado em 1953 e que Pompeo visitará na quinta-feira.

Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Artigos recomendados
As mais lidas
Exclusivo

Operação Influencer. Os segredos escondidos na pen 19

TextoCarlos Rodrigues Lima
FotosCarlos Rodrigues Lima
Portugal

Assim se fez (e desfez) o tribunal mais poderoso do País

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela