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Polícia substitui bandeira da ONU por uma de Israel na sede da agência em Jerusalém

Lusa 08 de dezembro de 2025 às 15:42

O Tribunal Internacional de Justiça decidiu que Israel não provou as suas alegações de que parte significativa dos funcionários da UNRWA eram membros do Hamas, nem demonstrou a alegada falta de neutralidade da agência humanitária.

O comissário-geral da agência das Nações Unidas para os refugiados palestinianos (UNRWA) denunciou que a polícia israelita invadiu esta segunda-feira a sede da agência em Jerusalém Oriental e substituiu a bandeira das Nações Unidas por uma bandeira israelita.
Bandeiras israelitas tremulam, em resposta ao reconhecimento da Palestina
“Esta ação representa uma violação flagrante da obrigação de Israel, enquanto Estado-membro das Nações Unidas, de proteger e respeitar a inviolabilidade das instalações da ONU”, disse Philippe Lazzarini na sua conta na rede social X. Segundo a sua publicação, as forças israelitas entraram no complexo da UNRWA com motas e outros veículos, cortaram todas as comunicações e apreenderam móveis, equipamento informático e outros bens. No início deste ano, o Parlamento israelita (Knesset) proibiu as operações da UNRWA em Israel, justificando com uma alegada ligação entre os responsáveis da UNRWA e o grupo islâmico Hamas. O Tribunal Internacional de Justiça decidiu que Israel não provou as suas alegações de que parte significativa dos funcionários da UNRWA eram membros do Hamas, nem demonstrou a alegada falta de neutralidade da agência humanitária. Segundo Lazzarini, as acusações de Israel contra a UNRWA são uma "campanha de desinformação em grande escala", com manifestações de ódio e intimidação contra a agência, que acabou por forçá-la a desocupar as instalações em Jerusalém Oriental. O responsável tem denunciado também o assédio contra os funcionários da agência. O comissário-geral da UNRWA afirou que o complexo da ONU em Jerusalém Oriental mantém o estatuto de recinto das Nações Unidas, pelo que não pode haver aí interferências, e recorda que Israel é signatário da Convenção sobre Privilégios e Imunidades das Nações Unidas, que declara as instalações das Nações Unidas como invioláveis.
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