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Pai do senador colombiano assassinado Miguel Uribe assume lugar do filho e será pré-candidato à presidência

Luana Augusto 23 de agosto de 2025 às 15:53

Uribe Londoño estava afastado da política desde 1991. Agora, aos 72 anos, decidiu seguir o legado do seu filho, assassinado em junho durante uma ação de campanha.

O pai de Miguel Uribe - o - irá assumir o cargo do filho e será pré-candidato às presidenciais da Colômbia pelo Centro Democrático, anunciou na sexta-feira o partido.
Pai de Miguel Uribe assume lugar do filho assassinado e avança para as presidenciais da Colômbia AP Photo/John Vizcaino)
Miguel Uribe Londoño, de 72 anos, que estava afastado da política desde 1991, será assim o quinto candidato pelo Centro Democrático e será "obrigado a participar em todos os debates e atividades partidárias". Pelo partido de Álvaro Uribe concorrem também María Fernanda Cabal, Paloma Valencia, Paola Holguín e Andrés Guerra. "O Partido Centro Democrático escolherá o seu candidato presidencial entre dezembro de 2025 e janeiro de 2026, por meio de uma sondagem internacional", referiu o partido em comunicado. O escolhido participará numa consulta com outros candidatos de direita "para escolher um único candidato de uma unidade democrática de base popular que reconstruirá o caminho democrático da nação". O escolhido para representar o partido deverá enfrentar os potenciais candidatos de direita: Abelardo de la Espriella (advogado), Juan Carlos Pinzón (ex-ministro) e  Victoria Vicky Dávila (ex-diretora da revista Semana). Miguel Uribe Turbay, de 39 anos, morreu no passado dia 11 de agosto - dois meses depois de ter sido gravemente ferido com dois tiros na cabeça durante uma ação de campanha, que ocorreu a 7 de junho em Bagotá. No funeral, Uribe Londoño condenou o episódio de violência que resultou na morte do seu filho e deixou claro que iria dar continuidade ao legado de Miguel nas próximas eleições. "Silenciaram o Miguel, mas não conseguirão silenciar as vozes de milhões de colombianos. Temos uma oportunidade única de acabar com esta loucura em 2026, não a desperdicemos. Só então esta causa terá sentido", disse. "Temos a obrigação de enaltecer e alcançar o objetivo ao qual o Miguel se dedicou durante toda a sua vida: um país sem violência. A sua causa era a segurança. Uma Colômbia em paz para todos os colombianos, essa deve ser a nossa luta. O momento é agora." Há décadas que Uribe Lodoño se tem confrontado com episódios de violência que envolvem a sua família. Em 1991, o narcotraficante Pablo Escobar ordenou o assassinado da sua mulher, a jornalista Diana Turbay. Agora, 34 anos depois, foi a vez de um grupo de criminosos ter assassinado o seu filho em Bagotá, durante uma ação de campanha.
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