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Reino Unido: 21 crianças morrem na sequência de surto de infeção bacteriana

Lusa 28 de dezembro de 2022 às 20:45

Mais de duas dezenas de crianças foram vítimas de infeção invasiva por estreptococos do grupo A, cujos sintomas incluem infeções cutâneas, escarlatina e garganta dorida.

Pelo menos 21 crianças morreram no Reino Unido devido à bactéria estreptococo do grupo A, segundo os dados mais recentes e contabilizando duas mortes na Escócia confirmadas esta quarta-feira pela Agência de Saúde Pública escocesa.

REUTERS/Phil Noble

Um relatório da agência estatal revela que, entre 03 de outubro e 25 de dezembro, sete mortes foram registadas em território escocês devido a uma infeção bacteriana do grupo A, duas delas em crianças com menos de 10 anos.

Somando estes dados, um total de 21 crianças morreram no Reino Unido em resultado de infeção invasiva por estreptococos do grupo A (iGAS, na sigla em inglês), cujos sintomas incluem infeções cutâneas, escarlatina e garganta dorida.

Embora a grande maioria destas infeções sejam relativamente leves e curadas com antibióticos, em casos raros as bactérias causam uma doença que pode ser fatal.

Vários países europeus detetaram nos últimos meses um aumento dos casos desta doença em crianças com menos de dez anos, bem como de mortes associadas.

Portugal não registou casos de escarlatina e infeção invasiva por estreptococos do grupo A com perfil semelhante aos reportados em cinco países europeus, segundo uma nota da Direção-Geral de Saúde (DGS) divulgada a 16 de dezembro.

"Até à data não foram reportados casos em Portugal com perfil semelhante aos reportados nos países afetados", escreveu a DGS.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou em meados de dezembro que cinco países da região europeia – França, Irlanda, Países Baixos, Suécia e Reino Unido - registaram aumentos de casos de infeção invasiva por estreptococos do grupo A e, em alguns casos, escarlatina.

Os países afetados e o Centro Europeu de Controlo e Prevenção das Doenças (ECDC, na sigla em inglês) referiram que, até ao momento, não há evidência de que esteja a circular uma nova estirpe bacteriana, nem que tenha ocorrido um aumento de resistência antibiótica ao agente.

Afirmaram ainda que os países afetados devem manter a abordagem clínica e de saúde pública habituais para este tipo de infeções.

As infeções por estreptococos do grupo A geralmente afetam a população, especialmente pediátrica, durante os meses de inverno e início da primavera.

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