Secções
Entrar

Médio Oriente: Hamas anuncia morte de refém mostrado vivo horas antes

Lusa 12 de maio de 2024 às 10:56

As Brigadas Ezzedine al-Qassam referiram, num vídeo, que o refém morreu no sábado e atribuíram a morte aos "ferimentos sofridos depois de caças sionistas [israelitas] terem atacado o local onde estava detido há mais de um mês".

O braço armado do Hamas anunciou no sábado, dia 11, na rede Telegram, a morte de um refém israelita, detido em Gaza no ataque do grupo islâmico em 7 de outubro, e de quem tinha transmitido imagens vivo horas antes.

HAMAS MILITARY WING/Reuters

A agência noticiosa francesa (AFP) refere no texto em que cita a informação vinculada na Telegram, que, quando contactado, o exército israelita não quis comentar imediatamente a notícia.

No vídeo, o refém foi identificado pelo Fórum de Famílias de Reféns, uma associação que representa algumas das famílias das pessoas raptadas pelo Hamas em 7 de outubro durante um concerto em Israel, como Nadav Popplewell, um cidadão israelo-britânico de 51 anos, do Kibutz Nirim.

As Brigadas Ezzedine al-Qassam referiram, num vídeo, que o refém morreu no sábado e atribuíram a morte aos "ferimentos sofridos depois de caças sionistas [israelitas] terem atacado o local onde estava detido há mais de um mês".

Pouco antes, o grupo armado tinha transmitido um primeiro vídeo, com cerca de dez segundos, e sem data de gravação especificada, em que mostravam o refém, com o olho inchado e um olhar abatido, articulando o nome e a idade.

O refém estava diante de uma parede de azulejos brancos, num local que parecia escuro.

A mensagem do braço armado do Hamas, que Israel considera uma organização terrorista juntamente com os Estados Unidos e a União Europeia, é acompanhada por "hashtags" escritas em árabe e hebraico, com os dizeres: "O tempo está a esgotar-se" e "o teu Governo está a mentir".

O vídeo surgiu no 218.º dia de guerra e numa fase em que as negociações indiretas entre Israel e o Hamas para alcançar uma trégua em Gaza associada à libertação de reféns parecem estar num impasse.

As delegações dos países mediadores (Egito, Catar e Estados Unidos) deixaram o Cairo na quinta-feira sem um acordo após demoradas negociações.

A guerra eclodiu em 7 de outubro, quando comandos do Hamas infiltrados a partir de Gaza realizaram um ataque sem precedentes contra Israel, matando mais de 1.170 pessoas, a maioria civis, segundo um relatório da AFP baseado em dados oficiais israelitas.

Mais de 250 pessoas foram sequestradas e 128 permanecem cativas em Gaza, das quais 36 terão morrido, segundo o exército.

Em resposta, Israel prometeu "aniquilar o Hamas", no poder em Gaza desde 2007, e libertar os reféns, e lançou uma ofensiva que até agora provocou 34.971 mortos, segundo o Ministério da Saúde daquele movimento islâmico.

Outros vídeos de reféns já foram transmitidos por grupos armados palestinianos desde o início da guerra e foram denunciados por Israel como manipulação psicológica para pressionar o Governo israelita.

Artigos Relacionados
Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Artigos recomendados
As mais lidas
Exclusivo

Operação Influencer. Os segredos escondidos na pen 19

TextoCarlos Rodrigues Lima
FotosCarlos Rodrigues Lima
Portugal

Assim se fez (e desfez) o tribunal mais poderoso do País

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela