Marielle Franco. Ex-polícias militares condenados por homicídio
Ronnie Lessa e Élcio Queiroz conseguiram acordo com autoridades por revelarem, através de delação premiada, quem mandou matar a vereadora em 2018.
Dois ex-polícias militares foram condenados pelos homicídios da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco e do seu motorista, Anderson Gomes, seis anos depois do crime.
Ronnie Lessa, o autor dos disparos, e Élcio Queiroz, que conduzia a viatura da fuga, foram considerados culpados de homicídio qualificado e tentativa de homicídio (da assessora que sobreviveu ao atentado). Ronnie foi condenado a 78 anos e nove meses, e Élcio Queiroz, a 59 anos e 8 meses: contudo, a pena que irão cumprir será bem menor do que a que foram condenados.
Segundo o acordo citado pelo site G1, Élcio Queiroz ficará preso no máximo 12 anos em regime fechado, e Ronnie Lessa terá que estar preso 18 anos em regime fechado e dois em regime semiaberto. Contudo, os prazos começaram a descontar em 2019, quando foram detidos.
O acordo foi conseguido por delação premiada, sendo que os dois revelaram os mandantes do crime.
Marielle Franco morreu em 2018. Os homicidas revelaram que quem mandou executar o crime foram os irmãos Brazão e Rivaldo Barbosa. Domingos Brazão é conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, Chiquinho Brazão é deputado federal, e Rivaldo Barbosa era o chefe da Polícia Civil quando Marielle Franco foi morta.
Robson Calixto, ex-assessor de Domingos Brazão, também será julgado por ter ajudado no desaparecimento da arma do crime; bem como o Major Ronald Paulo Alves Pereira, que terá vigiado os movimentos de Marielle Franco antes do homicídio. Segundo o G1, deverão ser julgados pelo Supremo Tribunal ainda em 2024.
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