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Maria Luís Albuquerque fica com a pasta dos serviços financeiros

Diogo Barreto 17 de setembro de 2024 às 09:42

Ursula von der Leyen escolheu a ex-ministra das Finanças para ficar com o pelouro dos Serviços Financeiros da Comissão Europeia.

Maria Luís Albuquerque foi proposta para ser Comissária dos Serviços Financeiros e União dos Investimentos na próxima legislatura da Comissão Europeia.

ANTÓNIO PEDRO SANTOS/LUSA

Apesar de alterações de última hora que levaram países como França e Eslovénia a trocar os seus candidatos, Ursula von der Leyen reuniu-se esta manhã com a Conferência de Presidentes do Parlamento Europeu (estrutura que junta a líder da assembleia europeia e os responsáveis dos partidos políticos) para apresentar a sua proposta do colégio de comissários no próximo ciclo institucional (2024-2029), que inclui a antiga ministra portuguesa das Finanças Maria Luís Albuquerque, proposta pelo Governo.

A apresentação ocorre um dia depois de o comissário europeu do Mercado Interno, Thierry Breton, se ter demitido do cargo, acusando a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, de "liderança questionável" por ter pedido a França que propusesse outro candidato no novo mandato.

A mudança francesa foi a mais recente do futuro colégio de comissários a anteceder a apresentação da equipa da responsável alemã para um segundo mandato à frente da Comissão Europeia.

Dias antes, von der Leyen foi obrigada a adiar a apresentação por uma semana por a Eslovénia ter trocado o nome inicialmente proposto de um candidato por o de uma candidata (de Tomaz Vesel para Marta Kos), em nome da ambicionada paridade no novo colégio de comissários.

A nomeação eslovena ainda não está finalizada, aguardando-se o parecer de uma comissão parlamentar nacional, que apesar não ser vinculativo é obrigatório.

Portugal propôs a antiga ministra das Finanças Maria Luís Albuquerque, sendo que, de momento, 11 dos 28 nomes propostos para comissários europeus no próximo ciclo institucional são mulheres (a Bulgária apresentou dois nomes, de um homem e de uma mulher, algo que tinha sido pedido por von der Leyen).

Em outubro, devem realizar-se as audições públicas no Parlamento Europeu aos nomes propostos para novos comissários europeus, cabendo à assembleia europeia dar o aval final em plenário para, mais tarde, a nova Comissão tomar posse, o que deve acontecer em novembro ou dezembro.

No que toca à sua equipa executiva, a presidente da Comissão Europeia é responsável pela escolha e pela atribuição das diferentes pastas tendo em conta a dimensão geográfica do país, as competências dos candidatos e as suas preferências, após nomeações feitas pelos países.

Ursula von der Leyen, política alemã de centro-direita, foi reeleita, em julho passado, presidente da Comissão Europeia por mais cinco anos, sendo a primeira mulher no cargo.

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