Julgamento contra Donald Trump: júri começa deliberações
O ex-presidente dos Estados Unidos afirma que está inocente e garante: "Está tudo manipulado".
Os jurados do julgamento criminal de Donald Trump iniciaram as deliberações esta quarta-feira para avaliar os testemunhos ouvidos nas últimas cinco semanas. O ex-presidente dos EUA e atual candidato à presidência é acusado de falsificar documentos comerciais para encobrir um pagamento, feito pouco antes da eleição de 2016, a uma atriz de filmes pornográficos com quem terá mantido um relacionamento. Trump continua a declarar que é inocente e nega ter cometido qualquer irregularidade.
Neste momento ainda não é conhecido quanto tempo é que o júri vai precisar para alcançar um veredicto sobre as alegações contra o ex-presidente.
À saída do tribunal, Donald Trump partilhou com os jornalistas: "Nem a Madre Teresa conseguia vencer estas acusações. Está tudo manipulado".
Trump justifica o seu comentário porque pouco antes do início das deliberações o juiz advertiu os jurados para não confiarem apenas emMichael Cohen, que terá desempenhado um papel central no pagamento, uma vez que ele estava diretamente envolvido no caso e pediu que lhe fosse aplicado um escrutínio extra. Juan Merchan afirmou: "Mesmo que considere o testemunho de Michael Cohen confiável não deve condenar o réu apenas com base nesse testemunho, a não ser que tenha a certeza de que foi corroborado por outras evidências".
Cohen afirma que pagou cerca de 120 mil euros do próprio bolso para impedir queStormy Danielscontasse aos eleitores sobre o seu encontro sexual com Trump, que terá ocorrido em 2006.
Na terça-feira, foram ouvidas também as alegações finais do procurador distrital de Manhattan, Alvin Bragg, que defende que o pagamento feito à atriz contribuiu para a vitória de Trump contra a democrata Hillary Clinton, ao manter uma história que podia não favorecer a imagem de Trump longe do público.
Se Trump for considerado culpado, a sua corrida para as eleições de novembro pode tornar-se mais difícil apesar de uma condenação não o impedir de concorrer nem de assumir o cargo se vencer.
O republicano enfrenta ainda outros três processos criminais, mas não é esperado que nenhum deles seja julgado antes das eleições de 5 de novembro.
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