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Independentista Lai Ching-te vence presidenciais de Taiwan

Lusa 13 de janeiro de 2024 às 13:18

William Lai Ching-te, atual vice-presidente cessante, de 64 anos, foi descrito por Pequim como um "sério perigo" devido às posições do seu partido, que afirma que a ilha é de facto independente.

O candidato do Partido Democrático Progressista (DPP), o independentista William Lai Ching-te, venceu as eleições presidenciais realizadas este sábado em Taiwan com 40,2% dos votos, segundo os resultados oficiais provisórios correspondentes a 98% do apuramento.

REUTERS/Ann Wang

O candidato do Kuomintang (KMT), principal partido da oposição em Taiwan, Hou Yuh-ih, que defende a aproximação com a China, já reconheceu a derrota.

"Respeito a decisão final do povo taiwanês (…) Felicito Lai Ching-te e Hsiao Bi-khim [parceira de candidatura presidencial] pela sua eleição, esperando que não desapontem as expectativas do povo taiwanês", declarou Hou Yuh-ih, que seguia em segundo lugar na contagem, com 33% dos votos, segundo dados da Comissão Eleitoral Central, junto dos seus apoiantes.

Segundo o jornalTaipei Times, o candidato do Partido Popular de Taiwan (TPP), Ko Wen Je, com 26%, também já concedeu a derrota para William Lai Ching-te, que será o o sucessor do Presidente cessante, Tsai Ing Wen, também do DPP, considerado o partido mais distante das posições de Pequim.

William Lai Ching-te, atual vice-presidente cessante, de 64 anos, foi descrito por Pequim como um "sério perigo" devido às posições do seu partido, que afirma que a ilha é de facto independente.

Os taiwaneses também votaram para a renovação dos 113 assentos no parlamento, onde o DPP poderá perder a maioria.

As urnas fecharam às 16h locais (8h em Lisboa) neste território de 23 milhões de habitantes localizado a 180 quilómetros da costa chinesa e aclamado como modelo de democracia na Ásia.

A China considera Taiwan uma das suas províncias, que ainda não conseguiu reunificar com o resto do seu território desde o fim da guerra civil chinesa, em 1949. Pequim diz ser a favor de uma reunificação pacífica com a ilha, onde os cerca de 23 milhões de habitantes são governados por um sistema democrático, mas nunca renunciou ao uso da força militar.

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