Hamas planeou usar a violência sexual como arma de guerra, diz ativista israelita
Ruth Halperin-Kaddari afirma ter visto imagens de mulheres cujas condições a deixaram "sem dúvidas" de que haviam sido violadas.
O Hamas teria um plano deliberado para usar a violência sexual como uma arma de guerra. Quem garante é a advogada israelita edefensora internacional dos direitos das mulheres, Ruth Halperin-Kaddari, que afirma ter visto imagens de mulheres, cujas condições a deixaram "sem dúvidas" de que haviam sido violadas.
"Vi imagens de corpos cujas condições exibiam um padrão de mutilação que não deixavam dúvidas de que a violação foi cometida contra estas mulheres antes de serem executadas", contou ao programaTodaydo canal BBC. "Isto não deixa dúvidas de que tal concentração de casos, num espaço de tempo relativamente curto – em menos de um dia – e em numerosos locais, não poderia ter ocorrido a menos que não tivesse havido um plano para usar a violência sexual como forma de violência. Uma arma de guerra."
Além de ter sido confrontada com imagens, a antiga membro da convenção da ONU pela eliminação da discriminação contra as mulheres, foi também confrontada com relatos de testemunhas, que terão assistido às alegadas violações. "Assisti a vários relatos de testemunhas em primeira mão, por exemplo, de uma sobrevivente que se escondeu nos arbustos e viu uma mulher ao lado dela a ser violada por vários homens", relatou.
Da lista de testemunhas com quem conversou fazem parte, por exemplo, paramédicos que terão relatado a história de uma mulher que perdeu uma quantidade de sangue possivelmente fatal, depois de ter sido alegadamente violada por quatro homens.
As acusações de que foram levadas a cabo violações no campo de batalha não vêm de agora. Israel tem vindo a investigar uma série de casos de violência e mutilação genital, alegadamente ocorridos durante os ataques do Hamas, e até ao momento as autoridades israelitas já reuniram mais de 1.500 depoimentos de testemunhas e médicos.
Ainda que o Hamas negue qualquer envolvimento neste tipo de crimes, que garantem ser "mentiras", a verdade é que já está a ser levantada uma onda de indignação devido ao atraso da ONU em reconhecer estas alegadas atrocidades sexuais.
Só na segunda-feira, 4, dezenas de manifestantes reuniram-se em frente à sede da ONU, em Nova Iorque, para protestar contra aquilo a que designam como uma inação. Há uma semana quem também visitou a ONU, em Genebra, para chamar a atenção da escalada de violência foi Ruth Halperin-Kaddari.
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