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EUA avisam que defenderão "cada centímetro" do território da NATO após drones russos terem entrado em espaço polaco

Lusa 12 de setembro de 2025 às 21:20

Embaixadora norte-americana junto às Nações Unidas afirmou que a "violação do espaço aéreo de um aliado norte-americano demonstra um imenso desrespeito".

Os Estados Unidos avisaram esta sexta-feira que defenderão "cada centímetro do território da NATO" em resposta à intrusão de drones russos no espaço aéreo polaco, um incidente que mostra um "imenso desrespeito pelos esforços" diplomáticos de Washington.
Embaixadora dos EUA fala após violação de espaço aéreo polaco por drones russos AP Photo/Stefan Jeremiah
Numa reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU, pedida pela Polónia após o incidente, a embaixadora norte-americana junto às Nações Unidas, Dorothy Shea, afirmou que a "violação do espaço aéreo de um aliado norte-americano – intencional ou não – demonstra um imenso desrespeito pelos esforços de boa-fé dos EUA para pôr fim a este conflito". "Os EUA apoiam os nossos aliados da NATO face a estas alarmantes violações do espaço aéreo. Os EUA estão em consulta com a Polónia e com os nossos outros aliados da NATO, nos termos do artigo 4.º do Tratado do Atlântico Norte, e tenham a certeza de que defenderemos cada centímetro do território da NATO", frisou Shea. Este incidente "não contribui para os esforços extraordinários que os Estados Unidos têm empreendido nas últimas semanas para intermediar o fim da guerra", observou a diplomata, exigindo a Moscovo que cumpra o seu compromisso com a diplomacia, "procurando o fim imediato das hostilidades através de negociações diretas com a Ucrânia". A embaixadora notou ainda que, desde a cimeira do Alasca, entre o Presidente dos EUA, Donald Trump, e o seu homólogo russo, Vladimir Putin, a 15 de agosto, a Rússia intensificou a sua campanha de bombardeamentos contra a Ucrânia, resultando em mortes e danos nas infraestruturas civis. "Estas ações, agora com o acréscimo da violação do espaço aéreo de um aliado dos EUA – intencional ou não – demonstram um imenso desrespeito pelos esforços de boa-fé dos EUA para pôr fim a este conflito", sublinhou Shea. Ao contrário da prática comum da nova administração norte-americana, que costuma pressionar Kiev e Moscovo pelo fim da guerra, desta vez Dorothy Shea direcionou a pressão apenas para a Rússia. "Não podemos correr o risco de que este se transforme num conflito mais vasto. A Rússia deve demonstrar a sua seriedade, tomando medidas imediatas e concretas no sentido da paz", concluiu.
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